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Arquitetura

5 elementos dispensáveis nos projetos residenciais

Da redação
14/05/2024 18:20
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Ampla área social integrada é destaque no projeto das arquitetas Danielle Dantas e Paula Passos | Edu Pozella

Novos modelos familiares, pandemia, trabalho remoto, eventos climáticos. Foram tantas, e tão expressivas, as mudanças ocorridas nos últimos anos que elas nos fizeram questionar muitas coisas, inclusive (e principalmente) como moramos. Isso fez com que o antes considerado imprescindível nas residências fosse ressignificado frente às novas necessidades e prioridades dos moradores.
A busca por conforto, conexão com a natureza e a adaptação aos novos estilos de vida promoveram profundas transformações no layout das casas. “O home office foi uma das transformações mais impactantes, quando as pessoas precisaram adaptar seus lares para as atividades profissionais”, avaliam as arquitetas Danielle Dantas e Paula Passos, sócias no escritório Dantas & Passos Arquitetura. 
Elas acrescentam à lista soluções para melhorar a ventilação natural entre os ambientes e a entrada, com controle, da luz natural, requisitos frequentes de seus clientes para o desenvolvimento dos projetos. “A evolução da indústria nos ajuda nesses desafios ao oferecer inovações como vidros com tecnologias que bloqueiam os raios solares nocivos à saúde”, destacam. 
Tais anseios fizeram com que muitos dos elementos antes tidos como indispensáveis nos projetos residenciais caíssem em desuso, tornado-se desnecessários. Confira cinco deles, de acordo com as arquitetas!  
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1. Excesso de paredes 

No projeto desse apartamento, as arquitetas Danielle Dantas e Paula Passos eliminaram as paredes que seriam barreiras físicas entre sala de jantar, adega e a varanda gourmet | Maura Mello
No projeto desse apartamento, as arquitetas Danielle Dantas e Paula Passos eliminaram as paredes que seriam barreiras físicas entre sala de jantar, adega e a varanda gourmet | Maura Mello
Antes consideradas como delimitadoras dos cômodos e importantes para o senso de privacidade, as paredes internas das áreas sociais seguem com os dias contados, uma vez que a arquitetura convida ambientes mais abertos, conectados e que favoreçam a convivência. Essa tendência não só amplia a percepção de espaço, como facilita a comunicação e a interação entre os moradores da casa. “A compartimentação já é considerada fora de moda”, avalia Paula.  
Além disso, a remoção ou a inexistência das paredes propicia flexibilidade ao uso dos ambientes, uma vez que salas de estar, jantar, cozinha e varanda se convertem em uma unidade adaptável às diferentes atividades do dia a dia. As arquitetas lembram ainda que essa proposta contemporânea dos projetos é benéfica para uma atmosfera mais arejada e iluminada que, por sua vez, contribui para o bem-estar físico e mental dos moradores. 

2. Janelas pequenas 

Na reforma que realizaram nesse duplex, as arquitetas Danielle Dantas e Paula Passos exploraram as amplas esquadrias de vidro como um ponto de completude no projeto | Maura Mello 
Na reforma que realizaram nesse duplex, as arquitetas Danielle Dantas e Paula Passos exploraram as amplas esquadrias de vidro como um ponto de completude no projeto | Maura Mello 
A substituição das janelas pequenas por modelos maiores não se resume apenas à questão estética, “pois a busca pela integração com a natureza e pela entrada de luz natural pedem aberturas maiores”, como lembra Paula. 

3. Espaços sem bem-estar 

Tendo em conta que os imóveis residenciais ganharam outro status, uma vez que para muitos são, ao mesmo tempo, morada e local de trabalho, é esperado que os projetos entreguem conforto físico e emocional aos seus ocupantes. “Não tem como imaginar uma casa sem um ponto de lazer. Seja em uma planta baixa menor ou mesmo nas mais amplas, é essencial inserir locais que sejam um convite à diversão, descanso ou leitura”, acrescenta Danielle. 
Na varanda desse apartamento, diversas espécies se mesclam com o mobiliário verde em corda náutica | Maura Mello
Na varanda desse apartamento, diversas espécies se mesclam com o mobiliário verde em corda náutica | Maura Mello
Além disso, o contato com a natureza se tornou uma condição sine qua non, movimento que ganhou ainda mais evidência durante os anos da pandemia. “Esse comportamento revelou um sentimento intrínseco ao ser humano, que é o de estar próximo ao natural”, diz Paula. Dessa forma, cantos verdes e jardins verticais ganham cada vez mais espaço nas residências. 

4. Cômodos irrelevantes  

Da entrada à varanda, cada cantinho da casa pode ser transformado para melhor atender às demandas dos moradores. Espaços ociosos são repensados e dão lugar àquilo que faz sentido: de um home office a uma varanda gourmet, passando por uma adega à ampliação de um dormitório para a instalação de um closet. 

5. Móveis dos quais a casa não precisa mais

Durante o processo de reforma é comum que o tamanho ou disposição dos cômodos sofram alterações ou que peças antigas não conversem mais com a nova proposta dos espaços. Nestes casos, nada de guardar peças antigas que não façam mais sentido ao momento de vida”, orienta Paula. Tais itens podem ser doados, compartilhados com amigos ou até mesmo comercializados em mercados de usados, caso estejam em bom estado.