Jantar fora durante o fim de semana não se resume apenas a um restaurante com boa gastronomia. Toda a experiência também deve passar por arquitetura e design de interiores de qualidade, que potencialize o conceito do restaurante e torne sua permanência ainda mais cheia de significados.

Listamos sete restaurantes de Curitiba para você sair, comer bem, curtir o astral e admirar cenografias lindíssimas!

O restaurante localizado no bairro Cabral homenageia já no nome a arquiteta italiana Lina Bo Bardi, que se tornou um dos principais expoentes do modernismo brasileiro.

O empreendimento nasceu para descomplicar a alta gastronomia, transformando os pratos clássicos em algo menos pretensioso e complicado.

Da mesma forma que a arquiteta italiana encarava sua arquitetura: formas simples e didáticas para descomplicar a construção.

O projeto do restaurante é assinado pela arquiteta Giuliana Soncin, que conferiu ao espaço um DNA industrial e moderno da década de 1950, aliando sofisticação e despojamento em 520 m².

Além da gastronomia, os protagonistas do espaço são o concreto, a madeira bruta e outros materiais estruturais aparentes, privilegiando a honestidade da construção, como foi de praxe na arquitetura modernista brasileira.

“Um dos primeiros pedidos do cliente foi o desejo de ter uma jabuticabeira dentro do espaço, o que foi um desafio. A árvore precisava ocupar um lugar de destaque, mas sem impactar na visibilidade no interior do restaurante. Outro ponto foi destacar a adega para que convidasse à degustação”, detalha Giuliana.

A iluminação foi outro ponto fundamental do projeto para criar um clima intimista. As fitas de LED, por seu dinamismo, permitem a valorização vertical do espaço e iluminam com sutileza.

Foram usadas com esta finalidade no entorno das janelas e nas prateleiras do bar, assim como nas arandelas. Para contrastar com esta modernidade, pendentes descem do teto sem muita regra, agregados ao conceito vertical, como explica Giuliana.

Para completar, nas paredes é possível admirar as fotos da fotógrafa curitibana Mariana Canet, que decoram o salão. Confira mais informações.

O restaurante franco-italiano localizado no shopping Pátio Batel é um charme à parte. Assinado pela arquiteta Fernanda de Almeida Cassou Nacli, segue uma linha arquitetônica similar à contemporaneidade de sua cozinha, com primazia de linhas retas e materiais naturai em 450 m².

O projeto é marcado pelo traço intimista da arquitetura, no qual a composição dos materiais nobres e a intensidade da luz proporcionam um ambiente único, reservado e sofisticado.

Houve também uma atenção especial aos tecidos. Os móveis, cadeiras e booths foram revestidos com tecido e toalhas que também contribuíram para a adequação acústica do La Varenne. A opção pela cozinha aberta para o salão e pelo bar central faz com que todos os ambientes se integrem.

A escolha bem dosada se reflete ainda nos revestimentos que incluem piso de madeira peroba clara, paredes e forros de madeira ripada ou com textura de cimento queimado.

As três primeiras lojas da marca são assinadas pelos próprios proprietários, os arquitetos Rodrigo Pasinato e Patricia Lion. A quarta loja, que fica no Park Shopping Barigui, ficou por conta da Arquea Arquitetos, considerado o escritório do ano pela Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas.

O ponto de partida foi fazer um contraponto que aquecesse o público curitibano e o estereótipo frio e estéril da salada, transformando a rotina da alimentação do dia a dia numa experiência diferente.

O espaço é objetivo, contemporâneo e de fácil leitura, com fluxos claros e layout que possibilita os clientes sentarem sozinhos, em pares ou grupos, em mesas coletivas ou balcões.

A maior parte do mobiliário foi projetada pelos próprios proprietários e pela Arquea, de maneira harmônica, prática e com a leveza que a proposta exigia. Não existem elementos decorativos, tudo é funcional.

No Centro Cívico, o Tuna, restaurante de comida japonesa, se destaca pela fidelidade a alguns pratos tradicionais da culinária oriental e por releituras contemporâneas.

A arquitetura flerta com a estética modernista, com panos de vidro e concreto. E a decoração prima pelo casamento perfeito entre a estética tradicional japonesa, que pode ser vista nas luminárias, por exemplo, e uma linguagem mais contemporânea, presente no mobiliário e no grito de cores das bebidas em exposição.

O restaurante árabe está instalado em um casarão do Batel onde já funcionou o Armazém Romanus. O nome é uma homenagem de uma das proprietárias, Yasmin Zippin Nasser, a sua avó, filha de imigrantes libaneses, com quem aprendeu a cozinhar.

Os espaços têm ar de casa da vovó: arquitetura centenária supercharmosa e decoração com móveis antigos de madeira maciça, tapetes e diversas mimos.

Localizado no Batel, o espaço tem vocação multi: é bistrô, café e adega. Tudo na roupagem arquitetônica e decorativa do velho continente, com bastante iluminação natural, diferentes tipos de madeira e vegetação também no interior.

O conceito é bem comum em países da Europa, como França e Itália: é possível comprar bebidas a preço de loja e degustá-las no próprio local.

O ambiente tem DNA francês. Da gastronomia à arquitetura, o empreendimento no Bacacheri tem objetos da família Blanchet, que desembarcou no Brasil no início do século passado para trabalhar na construção ferroviária de Curitiba.

Na decoração, mobiliários antigos com pequenos toques provençais, típicos da França, para casar com o conceito gastronômico genuinamente francês do restaurante.