Em sábado de trabalho intenso, Reação Urbana define cronograma para 2018

Foto: Fernando Zequinão / Gazeta do Povo | FERNANDO ZEQUINAO
Trabalho em equipe, levantamento de dados e propostas de ações dentro de um cronograma para 2018. O terceiro dia do Laboratório de Reação Urbana do Vale do Pinhão, neste sábado (28), foi marcado pela consolidação das atividades dos quatro grupos, definidos previamente na tarde de sexta-feira (27).
“Dentro do grupo da Metodologia, nos organizamos para auxiliar a divisão dos trabalhos nos demais grupos e definir um cronograma. O engajamento está muito bom, está sendo um movimento bem colaborativo em todos os aspectos, com pessoas de diferentes formações e experiências contribuindo para o Diagnóstico, Ação Social e Plano de Ações do Plano Preliminar que sairá como resultado deste Laboratório. É muito recompensador, uma oportunidade histórica fazer parte desse processo”, explica a arquiteta com doutorado em Estruturas Ambientais Urbanas pela USP e professora da Universidade Positivo Maria da Graça Rodrigues Santos.

O cronograma de ações foi pensado em dois períodos: uma mais imediato visando a participação do movimento no evento Smart City Expo 2018, que acontecerá em Curitiba em 28 de fevereiro. “Temos a expectativa de participar e fazer uma breve síntese do que se pretende para contribuir na requalificação do espaço do Vale do Pinhão. O que há de inovador nas ideias que pretendemos trazer? Primeiro é fazer um trabalho colaborativo, a identificação de todos os agentes que consigamos captar, e fazer com que eles participem e interajam, conhecendo todo o processo. Esse cronograma não é final, e sim inicial para uma discussão”, relata Maria da Graça.
O segundo momento do cronograma prevê o período de março a agosto de 2018, visando o máximo engajamento da população, a troca de ideias e a consolidação do Plano Preliminar de Reabilitação Urbana do Vale do Pinhão a ser entregue formalmente para a Prefeitura de Curitiba.
Confira abaixo os depoimentos de participantes do Laboratório de Reação Urbana sobre as atividades.

Diagnóstico
“Estamos organizando quais os dados precisamos captar, quais já estão disponibilizados pela prefeitura, o Estado e demais órgãos. Os demais teremos que organizar na cronologia, como seria a sistematização, para fechar um pacote para a construção das propostas. O produto final seria a construção de uma matriz com mapa, oferecendo um volume grande de informações que deem base para o projeto, também com a participação da população”, define a arquiteta Anabelli Simões Peicho, ressaltando que o diagnóstico vai além de dados físicos e demográficos, incluindo aspectos sociais, econômicos, culturais e ambientais.

Participação social
“Estamos traçando estratégias para transmitir aos moradores e usuários da região o que é o movimento. As pessoas às vezes veem o Reação Urbana e não entendem do que se trata, por ser um modelo novo, um movimento colaborativo. O objetivo do nosso grupo é basicamente esse, tentar trazer a participação social direta e indireta para entender o que é a proposta e integrar positivamente. Também fizemos um painel com as ações das próximas etapas”, afirma a arquiteta Marcela Miranda.

Plano de ações
Também arquiteta, Cristiane Bagatelli conta como seu grupo de Plano de Ações está compilando as informações reunidas até o momento. “Mapeamos as principais áreas, fluxos de trânsito, pontos de aglomeração de pessoas e lotes vazios, rios e bacias que podem gerar alagamentos, para pensar em como revitalizar tudo isso. Temos muitos imóveis obsoletos na região, locais de muito trânsito, devido a novos empreendimentos. Tendo esse mapeamento, passaremos a planejar as ações”, diz. O grupo levantou práticas bem sucedidas de processos de reabilitação urbana em várias partes do mundo, tendo como objetivo inspirar algumas ações no Vale do Pinhão.

Toda a discussão e os próximos passos do movimento serão apresentados, em evento aberto ao público, neste domingo (29), a partir das 14h, no Engenho da Inovação. Os quatro grupos farão essa explanação pública dando um importante passo para a formatação, de acordo com as definições do Ministério das Cidades, do Plano de Reabilitação Urbana do Vale do Pinhão.
Veja mais imagens do movimento Reação Urbana
*Especial para a Gazeta do Povo