Ainda não se sabe quando será possível viver em Marte mas, se depender da NASA, já se sabe como serão as casas espaciais do futuro. A agência espacial norte-americana revelou os três finalistas da competição 3D-Printed Habitat Challenge, cujo objetivo é desenvolver abrigos sustentáveis para serem usados na Lua, em Marte ou ao infinito e além.

O desafio foi criado em 2015 e dividido em etapas. A terceira e última envolvia a modelagem 3D completa de seus projetos, e teve seus finalistas divulgados no dia 27 de março. Dentre outras características, eles foram avaliados segundo sua estética arquitetônica, uso eficiente dos interiores e a viabilidade de construção. Eles ainda serão avaliados em mais uma etapa, que vai criar protótipos dos abrigos em escala reduzida. O vencedor ganhará uma bolsa de 800 mil dólares.

Ao longo do percurso, as equipes tiveram que trabalhar com impressão 3D, software de modelagem e desenvolvimento de material e construção. “Além de ajudar na exploração do espaço humano, essas tecnologias também podem levar a soluções habitacionais de baixo custo na Terra e outros benefícios”, afirma, em nota, a agência.

O terceiro lugar ficou com a equipe Mars Incubator, formada por um time de artistas e engenheiros de New Haven (Connecticut). A solução do abrigo é modular, ou seja, suas partes podem ser agrupadas de formas diferentes conforme a necessidade. Quatro tipos de módulos integram a construção: um vestíbulo, um espaço de convivência principal, um espaço multiuso e uma área voltada ao crescimento de plantas. Assista aqui ao projeto completo.

A equipe Zopherus, de Rogers, Arkansas, ficou com a prata. O design do modelo faz uso de uma impressora em movimento. Junto a ela, funcionam veículos robóticos utilizados na exploração espacial para resgatar materiais locais e utilizá-los na construção. A construção também funciona através de módulos interligados. Assista ao vídeo da equipe aqui.

O time vencedor foi o SEArch+/Apis Cor, de Nova York, com o “Mars x House”. O projeto chama a atenção pelo formato torcido, que reforça continuamente a própria estrutura em um ambiente sem atmosfera, e pela luminosidade, já que permite que a luz natural entre pelas laterais e teto em janelas diagonais.

Os três finalistas já dividiram um prêmio de 100 mil dólares. A próxima fase acontecerá de 1 a 4 de maio, em Peoria, no estado de Illinois.