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Brasil ganha mais um Patrimônio Cultural da Humanidade; conheça os outros 13 no país

HAUS
18/07/2017 21:32
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Foto: Agência Brasil/Arquivo/Tomaz Silva | Agência Brasil/Tomaz Silva

Com mais de cinco séculos de história, o Brasil ainda é um ‘bebê’, se comparado aos países do Velho Continente. No entanto, somos donos de 14 sítios históricos na lista de Patrimônio Cultural da Humanidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O mais novo a integrar a lista é o Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, de 1811, que foi o principal cais de desembarque de escravos africanos em toda a América, chegando a receber 900 mil escravos, de acordo com estimativas da Unesco.
O Brasil recebeu cerca de 4 milhões de escravos nos mais de três séculos de duração do regime escravagista, o que equivale a 40% de todos os africanos que chegaram vivos nas Américas, entre os séculos 16 e 19. Destes, aproximadamente 60% entraram pelo Rio de Janeiro.
O título tem o objetivo de reconhecer a importância do local e dos africanos que lá desembarcavam para a formação cultural, social e econômica do país. E ainda a sua relevância para toda a humanidade como símbolo da violência que a escravidão representa.
Foto: Agência Brasil/Arquivo/Tomaz Silva
Foto: Agência Brasil/Arquivo/Tomaz Silva
HAUS aproveita a nova adição à lista de Patrimônio Cultural da Humanidade da Unesco e mostra todos os lugares com o selo em território brasileiro.

Centro histórico de Ouro Preto (MG)

Antiga Vila Rica, erguida no século 17, a cidade de Ouro Preto foi palco da Inconfidência Mineira. Somente em 1980 o centro histórico foi tombado, com diversos edifícios que contam o período da ascensão da exploração do ouro no estado, e obras de Aleijadinho e de Manuel da Costa Athaide.

Centro histórico de Olinda (PE)

Levantada pelos portugueses em 1535 no alto de morros, a cidade de Olinda teve seu centro histórico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1968. São mais de 1,5 mil imóveis que fazem parte da paisagem histórica, com edifícios coloniais do século 16, fachadas de azulejos dos séculos 18 e 19 e obras ecléticas do início do século 20.

Ruínas de São Miguel das Missões (RS)

Remanescente de construção erguida pelos padres jesuítas em território dos índios Guaranis entre os séculos 17 e 18, o edifício quase divisa com a Argentina serviu como polo catequisador e protetor dos que moravam na região antes da chegada dos portugueses. A comunidade foi massacrada pelos invasores. Quatro ruínas ficam do lado argentino, e uma do lado brasileiro, que é São Miguel das Missões.

Centro histórico de Salvador (BA)

Os prédios coloridos da primeira capital do Brasil foram tombados pela Unesco em 1985 como célebres exemplares da arquitetura renascentista, além de ser o local em que as culturas europeias, africanas e indígenas se fundiram.

Santuário de Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas (MG)

A construção é repleta de obras de Aleijadinho, o maior artista barroco brasileiro. Foi construída no século 18 com interior em estilo rococó e escada externa monumental decorada com 12 estátuas em pedra sabão, e seis capelas dispostas lado a lado, ilustrando a via crucis de Jesus Cristo.

Brasília (DF)

A cidade planejada é um divisor de água na história da arquitetura e do urbanismo. Erguida pelas mãos de Lucio Costa, responsável pelo plano piloto, e Oscar Niemeyer, que moldou os edifícios, a cidade é uma joia do modernismo. Muitos a criticam pelo aspecto monumental, escultural e pouco humanizado, mas até mesmo seus detratores sabem reconhecem sua beleza e vanguardismo.

Parque Nacional Serra da Capivara (PI)

Um dos sítios arqueológicos mais antigos da América do Sul, o parque é repleto de cavernas rochosas cobertas de pinturas rupestres. São mais de 300 pontos de interesse, espalhados em 214 quilômetros. Alguns dos desenhos foram feitos há mais de 25 mil anos e relatam os costumes e lendas do povo da região. Foi fundado em 1979, mas só ganhou status de patrimônio em 1991.

Centro histórico de São Luís (MA)

Localizada na ilha de São Luís do Maranhão, na baía de São Marcos, o centro histórico de São Luís é um excelente exemplo de cidade colonial portuguesa adaptada às condições climáticas da América do Sul. Seu núcleo, fundado por franceses em 1612, também passou pelas mãos de holandeses e de portugueses. O centro foi projetado pelo engenheiro português Francisco Frias de Mesquita.

Centro histórico de Diamantina (MG)

Construída no século 18, a cidade de Diamantina é uma das mais peculiares de Minas Gerais. Ela fica em meio a montanhas rochosas, de difícil acesso, que antes estavam recheadas de diamantes. As construções são mais simples e, apesar de seguirem a linguagem barroca, diferem-se do restante das outras cidades, abraçando um estilo menor, mais intimista, conferindo até às igrejas um ar de casa.

Centro histórico de Goiás (GO)

Cidade de Goiás (GO), antiga capital do estado e Patrimônio Mundial da Unesco desde 2001. Foto: Wagner Araujo/reprodução
Cidade de Goiás (GO), antiga capital do estado e Patrimônio Mundial da Unesco desde 2001. Foto: Wagner Araujo/reprodução
A cidade nasceu com características de povoamento vernacular: emaranhado de casinhas e igrejinhas em meio a ruas sinuosas. A arquitetura é inspirada nas construções europeias, mas é levantada com recursos locais. Em 1950, o Iphan iniciou o tombamento do centro da cidade.

Praça São Francisco em São Cristóvão (SE)

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A praça quadrada na pequena cidade de São Cristóvão é uma arquitetura típica dos franciscanos, que ajudaram a colonizar o nordeste brasileiro. A praça é cercada por edifícios históricos, como a Igreja de São Francisco, a Santa Casa de Misericórdia, entre outros.

Paisagens Cariocas (RJ)

A paisagem natural em conjunto com o urbanismo fazem do Rio de Janeiro uma das cidades mais bonitas do mundo. Em 2012, a Unesco tombou as paisagens formadas entre o mar e as montanhas, o que inclui o Parque Nacional da Tijuca, o Jardim Botânico, o Corcovado, praia de Copacabana, aterro do Flamengo e as colinas que cercam a Baía de Guanabara.

Pampulha (MG)

Complexo arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, pode ser reconhecido como patrimônio mundial da Unesco. Foto: Aglaia Oliveira/Pixabay/Reprodução
Complexo arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, pode ser reconhecido como patrimônio mundial da Unesco. Foto: Aglaia Oliveira/Pixabay/Reprodução
O Conjunto Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte, é uma joia modernista do país. Construída pelo arquiteto Oscar Niemeyer em 1940, com paisagismo e Roberto Burle-Marx e obras de Cândido Portinari, o complexo desafiou a monotonia arquitetônica brasileira da época com diversos vanguardismos.

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