Semana de Design de São Paulo

Design

DW! ocupa o centro de São Paulo com instalações artísticas, design e mobiliário; confira

Sharon Abdalla
São Paulo
18/03/2024 19:34
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Jardim dos Absurdos, parte da mostra que ocupa o Edifício Misericórdia, no centro de São Paulo | Sharon Abdalla;HAUS

Na música, no teatro, no design. Participar de um festival é sempre uma oportunidade de desfrutar do que se gosta e de se lançar à novidade, abrir espaço para novos gêneros, estilos, produtos. Com programação que segue até o dia 24 de março, a DW! Semana de Design de São Paulo é um prato cheio, não apenas para os entusiastas do design, mas também para quem está planejando uma reforma, buscando aquela peça que vai dar uma cara nova ao seu ambiente ou deseja adentrar esse universo criativo.
Com oito distritos espalhados pela capital paulista (e um digital), a maior manifestação do segmento na América Latina conta com seus headliners - como a alameda Gabriel Monteiro da Silva -, ao mesmo tempo em que joga luz para o centro da cidade, que há três edições ganha força e, principalmente, atrai pessoas para a região, ocupando seus espaços e permitindo a visitantes, turistas e aos moradores uma redescoberta de São Paulo por meio do design.
"De três ano para cá a DW! tem tomado uma proporção muito grande de ocupação da cidade. No centro, há nove prédios históricos com grandes ações [do festival]. Isso traz um grande movimento e engajamento com a missão de trazer vida a locais degradados, que precisam de circulação e da economia criativa", avalia o idealizador, Lauro Andrade.
Um dos prédios citados por ele é o edifício Misericórdia, que tem nove andares ocupados por instalações artísticas, peças de mobiliário, decoração, vestuário e acessórios reunidos na mostra "Misericórdia e Algazarra". "[São iniciativas] importantes para as pessoas conhecerem e virem ao centro. Nós ouvimos bastante: 'eu amo o centro, mas não vou porque não tem segurança. E no fundo é o contrário. Precisamos de gente na rua [para ter segurança]. Nosso papel como desenvolvedor, arquiteto e amante do centro é trazer as pessoas para conviverem e se divertirem aqui", aponta Marcelo Falcão, sócio da Somauma, empresa de desenvolvimento imobiliário e incorporação a partir do retrofit de prédios vazios, que realiza outras quatro ações durante a Semana de Design.

Cem anos nas alturas

Mais uma iniciativa do circuito que toma o centro de São Paulo está em cartaz no Martinelli, icônico edifício que celebra os cem anos do início de sua construção convidando os visitantes ao mirante do 26º andar. Ali, além da bela vista da região e de outros vizinhos igualmente marcantes para a arquitetura paulistana (como o Farol Santander, antigo Banespa), é possível conferir a coleção 'Volumes', de móveis para áreas externas e internas, assinada pelo escritório Ohtake para Japi Studio.
Móveis da coleção Volume, por Ohtake para Japi Studio, ocupam o terraço do centenário edifício Martinelli
Móveis da coleção Volume, por Ohtake para Japi Studio, ocupam o terraço do centenário edifício Martinelli
Um andar abaixo está instalada parte da mostra Feira na Rosenbaum + A gente Transforma, que também ocupa o térreo do edifício Martinelli. Voltada ao design autoral produzido em diversas partes do país, ela apresenta móveis, artigos de iluminação, decoração e acessórios, além da exposição "Jalapoeira Apurada", com trabalhos realizados em capim dourado por mulheres de três comunidades quilombolas do Jalapão (TO).

Metrópole

A Galeria Metrópole, por sua vez, recebe "Design na Metrópole" com diversas atividades e lançamentos. Do mobiliário à decoração, as peças são apresentadas em cerâmica, metal, vidro e madeira em numerosas lojas do espaço, assim como na não-loja da Teto Casa - um espaço para que o público conheça os produtos da marca (lançada no festival), mas que serão vendidas apenas via e-commerce. Além da Metrópole, o trabalho da Teto Casa está espalhada por toda a DW! no circuito Gigantes do Design, que distribuiu cadeiras e estofados enormes pela cidade.
Voltando à galeria, ainda é possível conferir mostra com peças premiadas pelo Salão Design e a exposição "Um lugar - bancos brasileiros contemporâneos", com curadoria de Carol Gurgel e Adélia Borges (consultora), que reúne 70 peças produzidas a partir dos mais diversos materiais.

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