330 anos
Arquitetura
No aniversário de Curitiba, conheça 5 ícones arquitetônicos da capital paranaense

Fachada do Teatro Guaíra com painel de Poty Lazzarotto. | Daniel Castellano/Arquivo/Gazeta do Povo
As marcas dos 330 anos de Curitiba, comemorados nesta quarta-feira (29), estão por toda cidade. Em termos de arquitetura, por exemplo, temos desde exemplares da arquitetura colonial portuguesa até edifícios que seguem a linha contemporânea, passando pelo art dèco e o neoclássico.
Cada um deles conta um pouco da história da cidade – e, por consequência, de todos que nasceram e/ou vivem nela. Neste aniversário de Curitiba, selecionamos alguns desses ícones da arquitetura curitibana que valem a pena ser conhecidos para que conheçamos também um pouco sobre nós mesmos.
Casa Romário Martins

Ninguém sabe ao certo quando a residência foi construída. O que se sabe é que ela data do fim do século 18, que funcionou como espaço residencial e comercial por aproximadamente dois séculos (no fim do século 19, por exemplo, abrigou o Armazém do Paiva) e que, há 50 anos, funciona como espaço cultural do município. Sabe-se ainda que ela é o último exemplo de arquitetura colonial portuguesa da capital paranaense – tanto que é tombada pelo patrimônio histórico – e conta com um pavimento e aberturas de luz natural apenas nos cômodos contíguos à rua.
Paço da Liberdade

O edifício que hoje é um espaço cultural do Sesc já foi sede do Museu Paranaense, hoje sediado no Palácio São Francisco, em frente à praça João Cândido, e da Prefeitura de Curitiba. Com 107 anos, o prédio mistura elementos do estilo eclético ao art nouveau e abriga o primeiro elevador instalado em um edifício em Curitiba (preservado até hoje, mas fora de funcionamento). Tombado nas três instâncias do patrimônio histórico, conta com escadarias e portas de madeira originais.
Biblioteca Pública do Paraná

Mais do que um ícone do modernismo paranaense, o prédio que abriga a Biblioteca Pública do Paraná é responsável por revolucionar a forma como as pessoas utilizam as bibliotecas e se relacionam com os livros. Isso porque o projeto, assinado pelo arquiteto curitibano Romeu Paulo da Costa, permitiu que os usuários acessassem as prateleiras com os livros e pudesse interagir com eles. Antes disso, leitores e livros eram separados por um balcão.
Teatro Guaíra

Outro marco do modernismo paranaense, a sede do Centro Cultural Teatro Guaíra (que engloba o famoso Guairão, além de outros dois auditórios e salas do Balé Teatro Guaíra e da Orquestra Sinfônica do Paraná) é um projeto de Rubens Meister cuja obra demorou 23 anos para ser concluída. A famosa edificação, que é um dos símbolos da cidade de Curitiba, poderia ter sido completamente diferente – muito mais parecido com o Colégio Estadual do Paraná – se o projeto que ganhou o concurso feito para escolher como seria o novo teatro tivesse sido executado.
Edifício Acarpa

Projetado por Luiz Forte Netto, Orlando Busarello e Dilva Slomp Busarello, o edifício que hoje abriga a sede do Instituto de Defesa Rural do Paraná chama a atenção por seu formato, o de um triângulo retângulo (aquele com um ângulo de 90º) com uma fachada inclinada e outra reta. Muita gente não sabe, mas a construção é considerada inacabada: de acordo com o projeto original, as floreiras da fachada angulada deveriam contar com vegetação para dar a impressão de que o prédio estava emergindo da terra – e também para regular a temperatura interna.