Urbanismo

Evolução do urbanismo no mundo é contada em plataforma interativa brasileira

HAUS
23/11/2018 20:07
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Construção de Brasília é um dos fatos históricos acompanhados pela cronologia urbanística. Foto: Thomas Farkas/Visite o Brasil

Quais foram os primeiros marcos do trabalho de Le Corbusier? Como Jane Jacobs influenciou outros urbanistas a partir da década de 1960? Quais as mudanças que o Brasil teve nas cidades com a chegada da Família Real portuguesa em 1808? Essas e várias outras perguntas sobre a história do urbanismo mundial são respondidas na plataforma “Cronologia do Pensamento Urbanístico“, criada por pesquisadores brasileiros.
O sistema funciona como uma linha do tempo interativa que mostra projetos, publicações, eventos e fatos relevantes que influenciaram o urbanismo. Os fatos são divididos por continente e, no Brasil, por regiões. O resultado é um grande mapa que revela quais movimentos eram contemporâneos entre si. O início da cronologia é em 1808, no Brasil, justamente a partir da influência da família de D. Pedro I no Rio de Janeiro.
Foto: reprodução/Cronologia do Pensamento Urbanístico
Foto: reprodução/Cronologia do Pensamento Urbanístico
Além da linha do tempo, o site também detalha os fatos mais importantes e mapeia com quais outros acontecimentos este verbete está ligado. Cada página inclui uma apresentação do verbete, documentos relacionados e uma série de depoimentos que explicam esse fato.
Os verbetes também são classificados pela sua natureza — como por exemplo interesse social, patrimônio, revitalização ou planejamento urbano. O resultado é uma busca detalhada do contexto social da época, tanto a nível nacional quanto internacional.
Foto: reprodução/Cronologia do Pensamento Urbanístico
Foto: reprodução/Cronologia do Pensamento Urbanístico
O projeto é realizado em parceria entre professores de diversas instituições. Entre os colaboradores, estão profissionais da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e Universidade de Brasília (UnB). Integram a equipe uma dezena de bolsistas de iniciação científica, de mestrandos e doutorandos, que também são de outras instituições.
“Sua ambição mais relevante não é desenvolver simplesmente uma linha do tempo propriamente dita mas, graças também à linha do tempo, chamar a atenção para a circulação sistêmica e, muitas vezes, sincrônica ou anacrônica, de dados entre determinados círculos urbanísticos, formando vastas redes de intercâmbio (e também de disputa ou conflito) intelectual, acadêmico, científico e artístico que atuam de maneira complexa”, afirma o texto de apresentação do projeto.
A pesquisa resultou de um trabalho que nasceu em 2003 no Laboratório de Estudos Urbanos (PROURB/FAU-UFRJ) e no Laboratório Urbano (PPG-AU/FAUFBA), integrando, depois, outros grupos de pesquisa.

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