Urbanismo
São Paulo começa a testar locação de patinetes elétricas para deslocamentos curtos
Foto: Ride / Reprodução
Alternativas para os automóveis em deslocamentos curtos, as patinetes vem ocupando espaço em grandes cidades, especialmente na Europa e Estados Unidos. O formato de compartilhamento aparece como uma solução para evitar o investimento em um aparelho. Recentemente em São Paulo duas startups de mobilidade apresentaram opções de serviços para o veículo.
Uma delas é a Scoo que idealizou um projeto seguindo o mesmo modelo usado quando linhas de trens e metrô são inauguradas na cidade: a população terá acesso gratuito e os patinetes estarão disponíveis em todos os dias da semana por um horário pré-estabelecido.
Em entrevista ao Archdaily Brasil o fundador da empresa Maurício Duarte explicou que foram feitos diversos testes para verificar a eficiência e segurança do patinete elétrico. “Agora desejamos entender como será a adesão dos paulistanos, perfil e comportamento de uso no dia a dia, quais são as melhores ciclovias para uso, qual o tempo médio de viagem”, sinaliza.
Inicialmente, foram disponibilizados 20 patinetes elétricos gratuitamente para a ciclovia da Avenida Paulista. Até o final de agosto, eles chegarão até a ciclovia da Avenida Faria Lima e no Parque do Ibirapuera. Para utilizá-los, é necessário que o usuário interessado faça um cadastro no site da empresa. Após a aprovação, o usuário recebe o link e baixa o aplicativo no qual é possível localizar, desbloquear e utilizar o patinete.
A potência das patinetes é de 250 watts, atingem até 25 quilômetros por hora, suportam até 120 quilos e são equipadas com freios ABS. A Scoo exige idade mínima de 18 anos e uso de capacete, além de orientar os usuários sobre o respeito aos sinais de trânsito e aos pedestres.
Após o período gratuito, de teste, a empresa aponta que o valor cobrado será de R$ 1 para destravar, fixado até 4 minutos de uso. Depois desse tempo o cliente pagará R$ 0,25 por cada minuto.
O uso dos equipamentos é autorizado nas ciclovias da cidade. Quem for pego fora da ciclovia fica sujeito a uma multa de R$ 574,62, aplicada pela Prefeitura de São Paulo e pela Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) de São Paulo.
Adaptação
Outra empresa que mostrou uma solução para o mercado no dia 12 de agosto foi a Ride. O aplicativo funciona como os outros de locomoção, mas o diferencial está mesmo nas patinetes que não poluem, são silenciosas e atingem até 20 km/h. O usuário consegue encontrar uma patinete próxima por GPS, desbloqueia e veículo e guia.
O preço é calculado pelo tempo de uso e ainda está em teste. Após o uso, os clientes podem deixá-las estacionadas em bicicletários, paraciclos e outros locais marcados no aplicativo. A ideia é amadurecer a operação para, de forma coordenada com a Prefeitura, evoluir o sistema onde as pessoas poderão estacionar livremente.
Os sócios Marcelo Loureiro, Guilherme Freire e Paula Nader criaram a empresa depois de estudar a adoção da modalidade em outros países, e redesenharam os equipamentos e a tecnologia para viabilizar a operação em cidades como São Paulo, que tem características muito diferentes das outras cidades do mundo (como Los Angeles, Paris e Zurique) onde o sistema está sendo implementado.
As patinetes são rastreadas por GPS em tempo real e são recolhidas à noite para que sejam recarregadas – o gasto de energia de cada equipamento é equivalente ao necessário para carregar um computador pessoal.
*Com informações do Archdaily.