Urbanismo

Curitiba terá nova “praça de bolso” na Rua Cruz Machado

HAUS
22/12/2016 18:46
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Pequeno terreno na esquina da Cruz Machado com a Visconde de Nacar tem projeto para se tornar a Praça de Bolso Gilda. Foto: Letícia Akemi / Gazeta do Povo e Reprodução projeto.

Na tarde desta quarta-feira (21), um grupo de cicloativistas, artistas, moradores e frequentadores dos arredores da esquina da Rua Cruz Machado com a Visconde de Nacar promoveram um encontro para o que eles chamaram de “primeiro ato para a implantação de uma nova ‘praça de bolso’ da cidade.”
Encontro reuniu ativistas, moradores e frequentadores da região para marcar o primeiro ato da construção da Praça de Bolso Gilda.<br>Foto: Letícia Akemi / Gazeta do Povo
Encontro reuniu ativistas, moradores e frequentadores da região para marcar o primeiro ato da construção da Praça de Bolso Gilda.<br>Foto: Letícia Akemi / Gazeta do Povo
Neste ponto do centro há um pequeno terreno público, que pertence ao município e foi avaliado como área com potencial semelhante a que deu origem, em 2014, à Praça de Bolso do Ciclista, na esquina da Rua São Francisco com a Rua Presidente Faria.
Terreno de esquina na Cruz Machado com a Visconde de Nacar será o local de implantação da praça.
Terreno de esquina na Cruz Machado com a Visconde de Nacar será o local de implantação da praça.
“Um mapeamento feito naquela época levantou esse e outros lugares na cidade. A partir desse mapeamento foram levantadas questões técnicas sobre o local e até este momento temos um primeiro estudo feito pelo IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba)”, explica Jorge Brand, o Goura, coordenador da Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu (CicloIguaçu) e vereador eleito de Curitiba.
Perspectiva do projeto da Praça.<br>Imagem: Reprodução projeto Ippuc.
Perspectiva do projeto da Praça.<br>Imagem: Reprodução projeto Ippuc.
De acordo com o projeto, a constrição da praça prevê a melhoria da travessia de pedestres na Cruz Machado com obras de acessibilidade. “A ideia é dar novo sentido ao espaço público e priorizar a rua como espaço de encontro”, reforça o engenheiro ambiental e participante do projeto Ivo Reck Neto.
Projeto prevê bancos, jardins, espaços para manifestações artísticas, além de melhoria na iluminação pública e na mobilidade de pedestres e ciclistas no local.<br>Imagem: Reprodução.
Projeto prevê bancos, jardins, espaços para manifestações artísticas, além de melhoria na iluminação pública e na mobilidade de pedestres e ciclistas no local.<br>Imagem: Reprodução.
O grupo explica que, assim como na Praça do Ciclista, existe o desejo de dar visibilidade a questões sociais. “No caso, queremos fazer uma homenagem a Gilda, personagem histórica do centro da cidade. Uma travesti que foi assassinada em 1983. Esta será uma forma de homenageá-la e explicitar a necessidade de respeito e tolerância com a diversidade”, aponta a transexual Maite Schneider, que participou do ato simbólico de colagem de um lambe lambe com arte da cartunista Laerte Coutinho feita especialmente para o espaço.
Arte da Laerte Coutinho foi colocada no muro do terreno onde se pretende implantar a Praça de Bolso Gilda.<br>Foto: Leticia Akemi / Gazeta do Povo.
Arte da Laerte Coutinho foi colocada no muro do terreno onde se pretende implantar a Praça de Bolso Gilda.<br>Foto: Leticia Akemi / Gazeta do Povo.
Os próximos passos do projeto dependerão das conversas com a nova gestão municipal, que assume a prefeitura em janeiro de 2017. As obras no espaço serão feitas com mutirões envolvendo a comunidade, como aconteceu com a Praça do Ciclista. “Nossa intenção é ter o projeto inaugurado em três meses”, conclui Maite.

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