Para quem pode investir um pouco mais, o mercado tem opções que exigem mais tempo e pequenas reformas, mas certamente podem ser instaladas em tempo para o início desse inverno. São soluções tecnológicas que permitem deixar a casa quentinha a ponto de andar de bermuda e camiseta enquanto lá fora as temperaturas beiram o negativo.
Além dos tradicionais aquecedores elétricos, aparelhos de ar-condicionado com dupla função, lareiras a lenha, a álcool e elétricas, há no mercado alternativas como pisos, tampos aquecidos e calefatores para esquentar ambientes.
Piso quentinho
No caso do piso aquecido, são três modalidades de instalação: manta calefatora, cabo calefator e hidráulico. A primeira é a mais indicada para quem quer tudo pronto antes do inverno chegar, segundo Igor Kaufeld, sócio-proprietário da Heime, loja especializada em climatização e automação de ambientes. É possível fazer até 200 m² de piso por dia com a manta, já que pode ser instalada diretamente sobre o contra-piso e normalmente não precisa de cobertura, ou seja, o piso pode ser instalado diretamente sobre ela.
Além dos responsáveis pela instalação da manta calefatora – que geralmente dura apenas um dia -, o dono da casa terá de chamar previamente um pedreiro para arrancar o piso e um eletricista para inserção dos pontos elétricos para o termostato. Posteriormente, o pedreiro vai colocar o revestimento desejado. “Se o cronograma de todas essas etapas for bem organizado, um local de 80 m², por exemplo, poderá ficar pronto em cerca de 10 dias”, afirma Kaufeld.
O custo médio da manta é de R$ 250 por m², dependendo da potência necessária, que será maior quanto menor for o isolamento térmico da construção. Se o local tiver um isolamento ideal, em duas horas após o acionamento o piso aquecido já começa a trocar calor com o ambiente e permite a elevação para um conforto térmico, que fica entre 22ºC e 24ºC. Nas condições ideais, segundo Kaufeld, o piso aquecido consome, em média, 1 kilowatt por m² a cada 24 horas ligado. A manta calefatora também pode ser instalada em tampos de mesa e balcões, feitos em pedra ou porcelanato.
Banho perfeito
Outra opção tecnológica de aplicação simples é o toalheiro elétrico, que deixa as toalhas secas e quentes. A partir de R$ 650 dá para comprar opções para até duas toalhas. “Funcionam como eletrodomésticos, com tomada, e são vantajosos em comparação com uma secadora, já que consomem menos energia”, defende Kaufeld.
Fogo real sem sujeira
Já os aparelhos chamados de calefatores, diferentemente dos pisos, tampos e toalheiros, quase não precisam de energia elétrica para funcionar. Ela é necessária somente para dar a partida na operação, por serem programáveis. Depois, outro componente assume a função de aquecer. São os pellets, cilindros de serragem compactada, feitos a partir de sobras da indústria madeireira ou com madeira de reflorestamento.
O calor é produzido com a queima desses pellets. Assim, os calefatores têm o charme do fogo verdadeiro sem a sujeira produzida pela lenha. Não produzem cinza nem cheiro e não soltam fumaça, conforme explica David Rizzon, sócio e diretor da Pellet Brasil, loja da fábrica italiana que comercializa o equipamento em Curitiba. “Eles aquecem a casa inteiramente porque aspiram o ar frio e devolvem ar quente. Não ressecam o local e, ao mesmo tempo, eliminam mofo”, ressalta.
Pesando entre 100 e 130 Kg, o calefator é fixo por necessitar de um duto para eliminar gases resultantes da queima. Um buraco de 8 cm de diâmetro é suficiente, ou o equipamento pode ser instalado em uma lareira ou churrasqueira já existente. Em no máximo três horas fica tudo pronto. Um dos modelos mais vendidos, de acordo com Rizzon, custa R$ 9,6 mil, mais R$ 400 de instalação.
De acordo com ele, o custo compensa pelo preço do combustível e pela economia que o calefator promove: um saco de 15 kg de pellet custa R$ 19 e é suficiente para manter uma casa de cerca de 100 m² em temperatura confortável de três a seis dias.
* especial para a HAUS / Preços atualizados em julho/2017.