Designer cria mochila que gera energia a partir de painel solar acoplado
Foto: Reprodução/ Brad Brister
Ficar sem bateria no celular é uma das principais preocupações dos atletas e mochileiros quando saem para uma aventura, carregando somente uma mochila nas costas. E se houvesse a possibilidade de transformar a própria bolsa em um carregador portátil? Foi o que pensou o designer de produtos Bread Brister, norte-americano que criou um protótipo de mochila solar para montanhistas.
A SunUp, como foi batizada, foi um projeto de conclusão de curso do designer que teve o apoio da The North Face. Totalmente articulada, ela foi projetada para ser leve e maleável, ao mesmo tempo em que precisava otimizar a captação de energia do sol por meio de um minipainel acoplado na parte de cima.
Segundo Brister, a mochila é capaz de carregar confortavelmente sua bateria interna de 4000mAh em 12 horas, por meio de um painel de 15w. Isso garantiria carga completa de equipamentos eletrônicos menores, proporcionando mais segurança e conforto para os mochileiros.
Painéis articulados
Justamente pensando em receber o máximo de energia possível, a SunUp foi pensada em duas opções principais: os painéis poli ou monocristalinos rígidos mais comuns que, embora tenham uma eficiência 21% mais alta do que a maioria das opções disponíveis do mercado, são muito mais frágeis e propensos a quebras.
A outra opção são os painéis de silício amorfo de filme fino totalmente flexíveis. Embora sejam muito mais duráveis que os painéis rígidos, como resultado de serem flexíveis e móveis, eles são muito menos eficientes, com apenas 7% de eficiência média. “O objetivo do meu projeto é fornecer um compromisso entre os dois. Combinando os benefícios de eficiência dos painéis rígidos com os benefícios de flexibilidade dos de película fina”, explica Brister em seu site.
Para minimizar a possibilidade de danos comuns nos usos de mochilas do tipo, com quedas e batidas comuns durante trilhas e caminhadas na mata, Brister pensou em um painel mais amplo a partir de uma matriz de outros menores e interconectados e articulados.
Assim, “você tem a flexibilidade de os segmentos se moverem livremente quando impactados ou derrubados. Isso visa mitigar quebras e garante que mais do pacote possa ser utilizado para geração de energia solar”, explica.
As conexões entre cada módulo são feitas a partir de dobradiças condutoras interligadas, para que não ocorram problemas no endurecimento do trabalho ou degradação cíclica nos fios.
Já testado em campo, o protótipo se mostrou totalmente funcional e agora integra o catálogo de produtos de Bread Brister, que tem também outras propostas de inovações movidas a energia solar.