Costume de alimentar pássaros faz bem gigantesco para cidades britânicas
50 anos de pesquisa revelou, para pesquisadores britânicos, que o hábito de ter comedouros em espaços urbanos traz benefícios para a cidade. Foto: Bigstock
Quem disse que cidade e natureza são diametralmente opostos? Cada megalópole tem sua própria selva urbana e cabe aos habitantes também zelarem por ela. Foi o que fizeram cidadãos britânicos nas últimas décadas, como atesta dados do Fórum Econômico Mundial. E quem sai ganhando é a própria cidade e a qualidade de vida de seus moradores.
Aos fatos: uma em cada duas pessoas do Reino Unido passou a alimentar os pássaros da fauna local em seus jardins com bebedouros e comedouros. E o resultado impressiona: os animais nas áreas urbanas explodiu, e a variedade de espécies também aumentou, gerando um impacto ecológico positivo e massivo. Todos os dados foram retirados de pesquisa publicada na revista Science em 2017.
Em tempo: as pombas não fazem parte do estudo e são consideradas por diversos especialistas uma das pragas urbanas do mundo contemporâneo.
O simples gesto de alimentar os passarinhos não só auxilia no cuidado com a natureza, como torna a cidade mais simpática e acolhedora.
No caso da Inglaterra, verificou-se que uma espécie, ao longo de 50 anos da pesquisa, sofreu alteração no bico, favorecendo a alimentação por comedouros. Outros grupos agora permanecem também no inverno e não precisam mais migrar para a Espanha ou África em busca de alimentos.
Como exemplo, a pesquisa revela que, em 1972, a espécie goldfinches era vista em apenas 8% dos comedouros do país. Em 2012, esse número passou para 87%. Em números totais, o número de pássaros triplicou no Reino Unido.