Sustentabilidade

Conheça o tijolo feito com bituca de cigarro

HAUS
27/06/2016 18:21
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Pesquisadores australianos, da RMIT University, desenvolveram um tijolo feito com bituca de cigarro. Foto: RMIT University / Divulgação

Todos os anos trilhões de cigarros são queimados e suas bitucas poluem cidades no mundo inteiro. Atentos a esse problema, pesquisadores do Royal Melbourne Institute of Technology (RMIT University) desenvolveram uma técnica para fazer tijolos a partir deste lixo.
Pesquisadores desenvolveram tijolo feito com bituca de cigarro.<br>Foto: RMIT University / Divulgação
Pesquisadores desenvolveram tijolo feito com bituca de cigarro.<br>Foto: RMIT University / Divulgação
Liderada por Abbas Mohajerani, a equipe concluiu que incluir um porcento de uma massa vinda do que sobra dos cigarros na argila do tijolo poderia equilibrar a poluição e, ao mesmo tempo, dar origem a tijolos mais leves e eficientes.

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O lixo do cigarro é um dos principais problemas ambientais do mundo. Metais como arsênio, cromo, níquel e cádmio são liberados no solo e rios quando não se tem uma gestão correta do material.
De acordo com Mohajerani, “cerca de 6 trilhões de cigarros são produzidos todos os anos, gerando 1,2 milhões de toneladas de bitucas de cigarro.” Uma projeção feita pelos pesquisadores, apontou que o número deve aumentar em mais de 50% até 2025.
Abbas Mohajerani liderou grupo que desenvolveu tijolo feito com bitucas de cigarro.<br>Foto: RMIT University / Divulgação
Abbas Mohajerani liderou grupo que desenvolveu tijolo feito com bitucas de cigarro.<br>Foto: RMIT University / Divulgação

Produtos mais eficientes

Os benefícios ambientais ficaram evidentes, mas os pesquisadores perceberam que havia uma ganho na performance dos tijolos. O consumo de energia necessário para o processo de queima era reduzido em até 58%.
Os tijolos prontos mantém as mesmas propriedades estruturais dos tijolos normais, mas são mais leves e têm melhores características de isolamento. “O processo de queima mantém os poluentes dentro dos tijolos, impedindo que se espalhem pelo meio ambiente”, garante Mohajerani.