Siga nosso roteiro verde e conheça nove árvores cheias de história em Curitiba
Fotos: Antônio More/Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Num desses dias de primavera, em que o tempo esteja bom, vá atrás delas. Relacionamos nove árvores em Curitiba que, além de ajudarem a filtrar o ar e manter a temperatura agradável, têm muita história para contar. E olha que fazem isso há muito tempo. Nesta relação, conhecidos e badalados ipês e atéumo quase extinto pau-brasil, todos destacados por sua beleza, imponência e idade, além de alguns deles serem imunes de corte por decreto municipal.
Coloque um livro debaixo do braço ou saque a câmera para flagrar os pássaros e embarque neste roteiro verde.
Imbuia no Bosque do Capão da Imbuia
A idade exata da árvore que originou o nome do bairro gera controvérsias, mas é certo que a imbuia localizada no Bosque do Capão da Imbuia tem centenas de anos, sendo uma árvore remanescente de vegetação nativa. O bosque, inclusive, conta com uma das maiores regiões de mata da capital: 36 mil metros quadrados, onde é possível encontrar araucárias centenárias, canelas e visitar o Museu de História Natural, que fica lá dentro. A entrada fica na rua Benedito Conceição, 407, com horário de funcionamento das 9h às 17h, de terça a domingo.
Figueira da Praça Tiradentes
A Praça Tiradentes é famosa pelos ipês floridos, que anunciam o fim do inverno. Mas ali, no meio delas, está uma figueira imensa, bem ao lado das placas translúcidas que revelam o subterrâneo de uma Curitiba antiga. A árvore, imune de corte, divide a cena com araucárias e ipês gigantes no marco zero da capital, que criou a Vila Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais há 323 anos. Nunca se viu por ali um fruto, mas vale dar uma olhada pra cima quando passar por lá…
Plátanos da Deputado Heitor Alencar Furtado
Típicas de clima temperado, os plátanos são nativos da América do Norte e da Eurásia, com folhagens que adquirem um belo tom avermelhado no outono, antes de caírem no inverno. Mas isso não tira seu charme em outras épocas do ano, rendendo cliques por quem passa pela Rua Deputado Heitor Alencar Furtado, no Campo Comprido.
Eucaliptos do Passeio Público
O mais antigo parque da capital, inaugurado em 1886, abriga alguns dos exemplares mais altos da cidade: dois eucaliptos, localizados em uma pequena ilha do lago principal do Passeio Público, têm cerca de 30 metros. Além dos gigantes, é possível encontrar plátanos, jacarandás e xaxim, espécie que se encontra em extinção. O Passeio Público fica no centro de Curitiba, na Rua Carlos Cavalcanti, e é aberto das 6h às 20h, de terça a domingo.
Cerejeiras da Praça do Japão
Elas são figurinhas carimbadas nas redes sociais, e com razão: as cerejeiras da Praça do Japão são belíssimas, ainda mais quando floridas. São 30 exemplares encontrados na praça, enviados do Japão pelo Império Nipônico, como forma de homenagem aos imigrantes que aqui se instalaram. Na cultura japonesa, a espécie representa a transitoriedade da vida. A praça está localizada no encontro das avenidas Sete de Setembro e República Argentina.
Ipê da Rodoferroviária
Exemplar imune de corte, o ipê amarelo localizado na frente da Rodoferroviária de Curitiba, localizada na Avenida Presidente Affonso Camargo, salta aos olhos na primavera com sua cor vibrante. Mas não perde a majestade nas outras estações, com sua copa alta: a espécie pode chegar a até 30 metros de altura.
Oliveira da Santos Andrade
Quem passa correndo pela Santos Andrade mal a vê, no meio de ipês, araucárias e outras espécies. Mas ela está lá, entre o Teatro Guaíra e o chafariz da praça, com uma placa indicando sua imunidade ao corte. A espécie, que é figura representativa desde a Grécia antiga, tem registro de exemplares com quase 3 mil anos.
Nogueira da Praça Didi Caillet
Típica de climas temperados, a nogueira se destaca pela sua altura – a espécie pode chegar a até 40 metros. A Praça Didi Caillet, nomeada em homenagem à primeira paranaense a concorrer no Miss Brasil, fica na Rua Heitor Stockler de França, centro de Curitiba, ao lado do Memorial Árabe.
Pau-Brasil na Prefeitura de Curitiba
Essa pode ser uma surpresa para muita gente: há um exemplar da árvore que deu o nome ao país em pleno Centro Cívico. O pau-brasil quase entrou em extinção na época da colonização, pela qualidade de sua madeira e resina vermelha que era extraída para servir de corante. Hoje, está protegida por decreto e faz uma bela aparição na Avenida Cândido de Abreu.