As samambaias estão com tudo! Ícones na decoração da década de 1970, elas voltam com força a casas e apartamentos de todos os estilos, desde os mais clássicos até os mais moderninhos. O motivo do retorno é uma junção de fatores: o anseio crescente de trazer a natureza para perto, as lembranças que elas trazem – e o efeito psicológico que causam -, a volumetria proporcionada pela espécie e o custo-benefício parecem ser os principais.

Entre as mais comuns por aqui, estão as samambaias paulistinha, de metro, avenca, americana e havaiana, de acordo com Rodrigo Carneiro, florista e gerente de produção e artes da Agapanthus Floricultura. Há variedades que crescem no máximo até 30 centímetros e outras que chegam a dois metros. Tudo isso impacta no preço, que vai desde R$ 20 até R$ 200, segundo ele.

Verdadeiros curingas, as samambaias podem ser aplicadas em praticamente qualquer lugar da casa, como aponta a arquiteta Ana Sikorski, do escritório Moca Arquitetura. Podem estar em vasos suspensos perto do teto ou do piso, em jardins verticais, em cima de mesas, prateleiras e estantes. “São adaptáveis a qualquer estrutura”, diz. O importante é valorizar o caimento das folhas.

Para compor, é só seguir a criatividade e misturar, ou não, a samambaia com outras plantas, criando volumes diferenciados.

A presença da samambaia e das folhagens em geral está em alta também na decoração de eventos, como formaturas e casamentos, conforme aponta a arquiteta. “As folhagens têm o benefício de não serem tão perenes quanto as flores”, afirma.

Apesar de ter fama de imortal, a samambaia requer alguns cuidados, como explica Rodrigo Carneiro. A planta precisa ficar em local com ventilação, mas sem muito vento, e iluminado, mas não com excesso de luz solar. “É necessário ir testando a localização e vendo onde ela se adapta melhor”, aconselha.

No quesito rega, deve-se respeitar as necessidades em cada estação. No inverno e outono, Carneiro indica a rega a cada 15 dias. No verão e primavera, essa quantidade aumenta, para duas a três vezes por semana. Mas essa não é uma equação exata. Por isso, o indicado também é sempre conferir a terra com a ponta dos dedos: se estiver seca, molhar. Outra dica é pulverizar as folhas com água, até para retirar poeira acumulada.

Respeitadas as características, é uma planta de alta durabilidade, segundo Carneiro, de cinco a 10 anos. E ela ainda traz benefícios: como liberam bastante água, ajudam a controlar a temperatura em ambientes muito quentes, além de melhorarem a qualidade do ar.