Urban jungle
Paisagismo e Jardinagem
Quer começar a trazer plantas para dentro de casa? Veja 5 dicas para iniciantes na jardinagem
Foto do projeto do arquiteto Denis Ricca para matéria sobre dicas e soluções de como plantas podem transformar espaços residenciais . Plantas em ambientes externos . 23-05-2019 | Letícia Akemi/Arquivo/Gazeta do Povo
A selva urbana (ou, no inglês, urban jungle) é uma das tendências na decoração que mais encontra adeptos no mundo. Mas nem sempre é fácil reproduzir o que se vê nas fotos publicadas em sites e redes sociais — afinal, cada espécie tem suas necessidades básicas. Por isso, escolher uma planta pela estética pode ser uma cilada.
O conceito de urban jungle guiou o arquiteto Denis Ricca na reforma do próprio apartamento, que trabalha as tonalidades de preto e verde em um projeto inspirado pelos lofts de Nova York. E, na arte de deixar as plantas vivíssimas, o profissional é mestre: são mais de quinze espécies diferentes que compõem a estante principal da sala.
Se você também quer começar a levar plantas para decorar a casa, confira cinco dicas do arquiteto para os iniciantes no mundo da jardinagem.
1. Escolha a espécie certa
O primeiro passo para escolher a planta certa é saber a quantidade de luz disponível no espaço pensado para as plantinhas. Isso porque, normalmente, as espécies são subdivididas em três categorias: as de sombra (que sobrevivem apenas com iluminação indireta e que podem sofrer queimaduras se expostas à luz solar direta), as de meia-sombra (se adaptam recebendo luz solar direta durante um período do dia, cerca de quatro horas) e as de sol, que só sobrevivem com longas horas de luz direta.
Normalmente, as mais indicadas para ambientes internos são as de meia-sombra, já que têm melhor adaptação. Algumas espécies sugeridas por Ricca que integram sua ‘coleção’ são: espada-de-São-Jorge, costela-de-adão, agave, chifre-de-veado, crássula, maranta zebrina, hera, planta-dólar, bromélia e avenca.
2. Aposte em terrários e suculentas
Os cactus e suculentas são frequentemente indicados para quem está começando pois não exigem muitos cuidados. Como geralmente são plantas de sol, sobrevivem com muita luz e pouquíssima água, além de serem extremamente versáteis.
Uma vez que as necessidades são parecidas, é possível criar grandes vasos e terrários que acomodam diversas espécies, e a manutenção será a mesma. Nesses casos, a principal dica é não regar demais: tenha um dreno no vaso (ou, no caso de cachepôs, cascalhos no fundo, para acumular a água que sobra), e cheque se a terra não está úmida antes de regar novamente.
3. Aprenda a "ler" os sinais
Se a planta murcha, apresenta folhas manchadas ou está crescendo demais, não é à toa. Quando algo não vai bem, ela demonstra — e é necessário entender qual é o problema. Normalmente, tem a ver com falta ou excesso de água ou de luz. Aprenda aqui como resolver alguns dos erros mais comuns.
4. Atenção à previsão do tempo
É importante ter em mente que não existe uma ‘lei de rega’: a quantidade de água necessária para a planta nunca é fixa. Ela varia de acordo com as temperaturas da estação — no calor, mais água é necessária; no frio, menos. Por isso, o certo a se fazer é sentir a terra no vaso, checar se ela está seca e, a partir daí, saber se a rega é necessária ou não.
Além da água, a manutenção das plantas também deve incluir adubo — o que Ricca sugere que seja feito uma vez ao mês — e a retirada das folhas secas dos vasos.
5. Na terra, na água, na kokedama
Os vasos são o substrato mais comum e versátil para manter as plantas, mas não é o único. Há plantas que se adaptam apenas na água e outras que podem ser acomodadas no arranjo japonês conhecido como kokedama, que leva argila, terra e musgo. Em alguns casos, esses tipos de substratos são ainda melhores para as espécies. Vale se informar e saber quando essas opções são viáveis.
Aprenda aqui a fazer um kokedama.