Primeiro Jardim de Mel de Curitiba é inaugurado no Parque Barigui
Estrutura tem como objetivo aproximar a população das abelhas e conscientizar sobre sua importância para a biodiversidade. Foto: Pedro Ribas/Secretaria Municipal de Comunicação Social
Inaugurado na manhã da última sexta-feira (22), o Jardim de Mel no Parque Barigui é o primeiro do projeto da Prefeitura de Curitiba que pretende conscientizar a população sobre a importância das abelhas para o meio ambiente. O projeto é assinado pela arquiteta da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Cristiane Pulsides, e fica atrás do Expo-Renault.
Ocupando 1,5 mil metros quadrados, a estrutura é formada por deque, bancos e pergolado de madeira que abrigam cinco caixas de abelhas (das espécies jataí, manduri, mirim, mandaçaia e guaraipo), além de plantas que atraem esses insetos. As abelhas são nativas e não possuem ferrão.
Elas são responsáveis por cerca de 90% da polinização das plantas brasileiras e se reproduzem apenas uma vez ao ano, em contrapartida, as abelhas com ferrão que foram trazidas de outros continentes se reproduzem até oito vezes no mesmo período.
O projeto instalado no Parque Barigui custou aproximadamente R$ 20 mil. A secretária municipal do Meio Ambiente, Marilza Dias, informa que este valor não é referência, já em alguns lugares haverá apenas a instalação da colmeia, sem uma estrutura de jardim. A secretária acrescenta que também estão desenvolvendo um aplicativo para disponibilizar informações sobre as espécies de abelhas presentes em cada Jardim do Mel.
O Jardim de Mel será instalado em outros quatro lugares em Curitiba até o fim da próxima semana: Jardim Botânico, Museu de História Natural, no Bosque Reinhard Maack, Bosque Capão da Imbuia e na casa do acantonamento no Zoológico. O custo de implantação do projeto nestes quatro locais não chega a R$ 5 mil, de acordo com a secretaria. A intenção da prefeitura é instalar em outros parques e escolas ao longos do próximo ano, de acordo com as possibilidades de orçamento.
O projeto
Felipe de Jesus, funcionário no Museu de História Natural e idealizador do projeto, explica que é fundamental as pessoas se conscientizarem sobre os benefícios que as abelhas trazem com polinização. Ele ressalta que as abelhas trazidas pelo projeto ajudam na conservação da biodiversidade e não possuem ferrão.
O projeto prevê a visitação de alunos de diversas escolas para conhecer os locais onde há as colmeias, com visitas guiadas por profissionais do Museu de História Natural e do setor de Educação Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente. Também serão realizados cursos para professores e multiplicadores. As datas dos cursos serão disponibilizadas em breve na página na prefeitura.
*Especial para Gazeta do Povo.