A primavera chegou
Paisagismo e Jardinagem
Primavera: confira como preparar varandas e quintais para curtir a nova estação
Piscina cercada por paisagismo: cores, texturas e diferentes volumes criam visual interessante para área externa em projeto da arquiteta Samara Barbosa. | Marcelo Stammer
Você tem quintal em casa, uma varanda no apartamento, a sorte de viver num garden? Pois já deve ter reparado que os dias andam mais propícios a aproveitar as áreas externas. Claro, elas não são uma exclusividade dos dias mais quentes, mas conforme o inverno chega ao fim, é comum que as atenções se voltem ao ar livre – e o momento é crucial para quem quer garantir um espaço gostoso na primavera e também no verão.
Segundo a paisagista Luciana Bacheschi, a transição entre inverno e primavera é o período ideal para colocar em prática alguns cuidados mais intensivos com as plantas, especialmente em quintais e jardins.
“É quando as plantas saem de dormência [momento em que se desenvolvem menos, ficam mais amarelas e até perdem as folhas] e é importante fazer uma grande adubação para justamente dar força para todo o seu jardim vir com tudo em setembro, na primavera”, destaca. Junto disso, o momento é de uma boa manutenção: entender qual a condição das plantas que já estão no espaço, se precisam de podas, até mesmo se precisam ser substituídas.
“Arbustivas, por exemplo, podem precisar de uma poda drástica para que soltem novos brotos. Às vezes, você tem plantas de 20, 30 anos que não foram devidamente podadas, cuidadas; às vezes, você tem algumas plantas que começam a ter muitas pragas. Elas estão te dizendo que tem algo errado ali: que não estão no lugar certo ou que o ciclo delas finalizou”, complementa Luciana.
Também é a hora de considerar a incidência do sol, avaliar como está o solo para descobrir se ele precisa de correções e aproveitar a oportunidade para criar um jardim que tenha, de fato, a sua cara. “Temos vários estilos de jardim, desde os românticos, clássicos, contemporâneos, mais tropicais”, o momento é de explorar e entender como aproveitar a área.
Neste sentido, a arquiteta Samara Barbosa conta que tem recebido muitos clientes ávidos por dar vida nova a espaços que ficaram mais ou menos esquecidos.
“São muitos clientes que se mudaram na pandemia, por exemplo, e acabaram deixando só gramado na área de quintal e que, agora, estão mexendo na parte de fora”, revela. Para esses projetos, ela recomenda que o espaço seja pensado também para ser visualmente agradável de se observar desde a parte interna do imóvel. “Fazer uma parede verde, que agregue valor visualmente, usar árvores como oliveiras, jabuticabeiras, que têm uma estética bacana, com volume”, sugere.
A paisagista reforça que não há necessidade de se fazer grandes implantações para aproveitar a presença do verde. Olhar para um jardim ou uma varanda como um ambiente em camadas pode ajudar.
“Quando a gente começa a entender o quanto é importante e nos traz bem ter plantas no nosso entorno, a gente começa a despertar o olhar e a buscar soluções. Hoje, temos possibilidades diversas para jardins, varandas, áreas externas. Temos jardins verticais, podemos usar trepadeiras perfumadas em telas, usar canteiros com alecrim, que te tragam essa emoção”, defende.
Por que parar no paisagismo?
Vai mexer na área externa? A arquiteta Samara destaca que a chegada da primavera é boa oportunidade para renovar com novos mobiliários e, porque não, novos usos. “Quem tem uma área grande começa a pensar, coloco piscina? Ainda dá tempo”, provoca.
Se você vai mergulhar no sonho da piscina própria, é essencial estar atento à escolha do método construtivo que mais bem se adapta ao cronograma. No método convencional, construção ou reforma levam entre 2 e 3 meses, o que empurraria a piscina para o verão; mas há alternativas mais rápidas, que resumem a empreitada para até 15 dias, como a opção por piscinas de fibra e sistema modulado. Mas o diretor da Desjoyaux, Gerônimo Machado, recomenda conter as expectativas.
Ele explica: “Um projeto demora em torno de 30 dias para ficar pronto, em média, depois tem as alterações. Aí tem a escolha dos produtos, no caso de pedras e contrapisos, cria-se um cronograma de obra que tem que estar alinhado com o que as empresas conseguem entregar”, pondera.
Outro ponto importante é que setembro e outubro tendem a ser meses mais chuvosos, característica que acaba por atrasar a construção do projeto como um todo. Mas, sim, ainda dá tempo. “O que eu sugiro para o cliente que está com esse pensamento é procurar empresas com entrega rápida e confiável, escolher um arquiteto e definir o projeto o quanto antes e botar a mão na massa, porque o verão está logo ali”, completa o especialista.