Irrigação
A falta de água retarda o crescimento das plantas, escurece e mancha suas folhas. Já o excesso provoca o dobramento das folhas inferiores, dificulta a oxigenação das raízes e favorece o aparecimento de doenças. Cada espécie tem uma indicação específica de rega, mas, no geral, o equilíbrio pode ser encontrado sentindo a umidade da terra com a mão.
As primeiras horas da manhã e o fim da tarde são os períodos ideais para regar as plantas, já que o sol forte não está presente. Para evitar choques térmicos use água em temperatura ambiente.
Adubação
Em tese, o solo possui os nutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas, mas a análise técnica da terra é a melhor maneira de saber se um jardim precisa ser adubado ou não. Para isso é preciso recolher terra de quatro ou cinco partes diferentes do local e pedir uma análise a um engenheiro agrônomo ou órgão do setor, como a Emater. Se não for possível fazer essa análise, vale fazer uma adubagem padrão: química (à base de elementos como calcário) e orgânica (ou húmus, formado a partir da decomposição de materiais como esterco de animais e restos vegetais). A orgânica deve ser feita no inverno e a química na primavera/verão. Quanto aplicar desses adubos está especificado nas embalagens, assim como a necessidade de usar acessórios de proteção, como luvas e máscaras. Eles podem ser encontrados em lojas especializadas em jardinagem ou mesmo em grandes redes de construção que tenham um departamento da área.
No caso das plantas que serão introduzidas no novo jardim é preciso deixar a terra adubada descansar por 30 a 60 dias antes do plantio.
Hoje não se recomenda usar terra preta para os gramados – costume ainda bastante observado em Curitiba em períodos como a primavera. Essa terra muitas vezes contém sementes de ervas daninhas que poderão infestar um gramado/jardim. O ideal é fazer uma cobertura utilizando turfa, areia e adubo.
Poda
A época ideal para as plantas mais perenes (árvores e arbustos) é pouco depois do período de dormência (outono), antes de uma nova brotação. Para as espécies anuais, que florescem uma vez no ano, como algumas flores, a poda deve ocorrer sempre que houver galhos secos e velhos.
Entre outros fatores, a poda determina a direção que o crescimento da planta irá tomar. Exemplo: para estimular o crescimento vertical pode os galhos e folhas laterais; para incentivar o desenvolvimento lateral, corte o galho principal e mais alto.
Na hora de podar prefira cortes diagonais, que facilitam a cicatrização do galho mais tarde. A ferramenta para galhos finos é a tesoura e para os grossos, o serrote.
Plantio
A melhor época para plantar novas espécies é no outono, porque o solo ainda está aquecido e a raiz pode se estabelecer até o inverno. Quando chega a primavera, a planta está enraizada no jardim e começa a crescer, dar flores, etc. Novas espécies podem ser plantadas em um jardim como sementes ou mudas, com as quais os resultados aparecem bem mais rápido. As sementes têm custo menor, mas também exigem mais cuidado.
Mudas
Devem ter aparência saudável, com folhas vistosas, não murchas. Na hora de retirá-la da embalagem cuidar para não quebrar o torrão de terra que envolve a raiz. Ele deve ser introduzido inteiro na cova aberta para receber a muda – o espaço do buraco deve ter o dobro do tamanho do torrão. Forre a muda com terra preparada (fofa) e regue-a generosamente.
Sementes
Para recebê-las, o solo deve estar limpo e descompactado, sem torrões, ciscos ou detritos. Para preparar o solo, o ancinho é a melhor ferramenta. Com o auxílio da enxada ou sacho abra pequenos sulcos (furos) com profundidade equivalente ao dobro do diâmetro da semente e distância entre eles igual ao triplo do tamanho da semente. Coloque-as nos sulcos e cubra-as com terra fofa. Após faça uma irrigação leve e cubra o terreno com palha seca ou tela sombrite para ajudar a manter os nutrientes no solo.
Fontes: livreto Hortas e Jardins, equipe técnica Tramontina Multi Ferramentas S.A., e Marcelo Mendes, diretor do setor de paisagismo da Belvedere Plantas.
