O que você precisa saber para ter um orquidário em casa

Pergolado com vasos em diferentes alturas em projeto da paisagista Rosângela Sabbag e da arquiteta Julia Sabbag
Com tanta gente ensaiando fazer parte do seleto grupo de orquidófilos, resolvemos dar uma ajudinha para você montar o seu orquidário no espaço que tem de sobra. A boa notícia é que, entre as mais de 30 mil espécies de orquídeas que existem, alguma vai combinar direitinho com a área disponível, que pode ser uma estufa, uma varanda coberta, uma parede do apartamento ou até o tronco de uma árvore.
De acordo com o orquidófilo José Roberto Thomal, do Orquidário JR, há espécies para vários ambientes. Divididas em quatro principais grupos – as epífitas, que nascem em árvores; as terrestres, naturais do solo; as rupícolas, encontradas nas pedras; e as híbridas, obtidas por processos como a clonagem –, as orquídeas possuem flores que podem durar de uma semana a seis meses, a depender da variação.
Para apartamentos, as mais indicadas, conforme orientam a arquiteta Sabrina Paciornik e a designer Salete Borba, são as Cymbidium ou cimbidio porque podem viver até 6 meses, com flores. Quando se tem mais espaço, principalmente em áreas externas, não há muitos limites. É preciso apenas se atentar às necessidades de cada tipo, no que se diz respeito à temperatura, rega, luz e umidade. As espécies que são plantadas em cascas de madeira, por exemplo, podem ser molhadas sempre. Com relação às que são inseridas em vasos de barro ou plástico, a regra muda um pouco. “É necessário avaliar se o substrato do recipiente está úmido. Quando começar a perder a umidade, é hora de colocar água de novo”, explica José.
Seja por pulverização, nebulização ou através de uma simples mangueira, a hidratação depende mais da análise do substrato e da cautela do cuidador do que do método de jorrar água. A orquídea necessita de alimento como qualquer outra planta e seu adubo pode ser líquido ou sólido. No primeiro caso, um mililitro do produto deve ser diluído em um litro de água. Se o adubo for sólido e solúvel, basta diluir uma colher de chá também em um litro de água e aplicar toda semana antes do sol nascer, no fim da tarde ou à noite, quando a planta consegue absorver o produto. Se o adubo não for solúvel, use duas colheres (chá) no vaso,uma vez por mês, cuidando para não atingir diretamente as raízes expostas.
Serviço
• Orquidário JR, Rua São Sebastião, 274, Ahú, fone (41) 3252-6262.
• Toque Natural Paisagismo e Arquitetura, da paisagista Rosângela Sabbag e da arquiteta Julia Sabbag, Rua Atílio Borio, 1.684, Hugo Lange, fone (41) 3363-2985.