Integrando ambientes

Do lado de fora da casa, galhos e muitas folhagens, entrelaçados com estruturas robustas de madeira, formam um ambiente rústico e aconchegante. Com todo o seu charme, os pergolados (também chamados pérgolas) proporcionam harmonia entre os espaços, interligando os ambientes internos e externos da residência. Para a paisagista Nádia Bentz essa integração é essencial. “As pessoas querem utilizar melhor seus espaços e não ficar isoladas.”

Dessa forma, as pérgolas podem ter diferentes papéis. Em dias de badalações, são uma extensão útil e agradável da sala de estar ou da churrasqueira. Já em momentos de tranquilidade semanal, assumem um tom bucólico, recriando um universo convidativo à leitura e à contemplação do seu entorno, sem estar desassociado do resto da casa.

O paisagista Wolfgang Schlogel ga­­rante que todo espaço externo – tanto residências (jardim, quintal, área de piscina, cobertura, varanda), quanto ambientes comerciais (restaurantes, hotéis) – comporta um pergolado. Se­­gundo o engenheiro florestal e paisagista Guto Cicca­­rino, com uma dimensão mais retangular de 6m² é possível criar um espaço interessante, com área suficiente para o mobiliário, vasos e ao mesmo tempo agradável para quem o for usar.

Há várias opções de madeiras para a estrutura dos pergolados – inclusive as ecologicamente corretas. A escolha depende do gosto e do bolso do cliente. Entre as espécies nobres é possível citar a Itaúba, o Ipê ou o Cumaru, lembrando que elas devem ser certificadas. Entre as reflorestadas estão o Pinus e o Eucalipto autoclavado (processo químico que torna a madeira mais resistente à ação de agentes da natureza). Segundo Nádia, esses produtos não apresentam problemas com cupins. Já Wolfgang Schlogel é um entusiasta do uso de madeiras de demolição, que – segundo ele – dão charme extra ao ambiente.

O que determina o mobiliário que será utilizado na construção da pérgola é a identidade que quer se dar a esse ambiente. Na visão dos paisagistas, a madeira é sempre mais charmosa, mas exige muitos cuidados. “É preciso, pelo menos uma vez a cada ano ou ano e meio, tratar a madeira lixando-a e recobrindo com algum impermeabilizante”, orienta Guto Ciccarino.

Outra opção, segundo Nádia, é a fibra sintética – presente em modelos com cores e designs atraentes –, que demanda menos cuidados e também confere requinte e personalidade ao ambiente.

Os materiais impermeáveis também podem ser usados nesses espaços, mas não é a alternativa mais prática, uma vez que mantê-los secos e bonitos é mais trabalhoso que outros materiais.

Wolfgang Schlogel. Fone: (41) 3027-6854 e e-mail: ovasodebarro@gmail.com. Nadia Bentz. Fone: (41) 3257-8630 e e-mail: nadiabentz@ig.com.br. Guto Ciccarino. Fone: (41) 3232-6320 e e-mail: paisagismo@ciccarino.com.br.