Hortas possíveis

Nada melhor que ter um raminho de alecrim ao alcance da mão para incrementar um assado, ou folhinhas de hortelã, caso pinte o desejo por um chá. Hortas não são privilégio de quem mora em casas com quintais. Há soluções que permitem cultivar plantas em espaços reduzidos, inclusive, dentro de apartamentos.
Tudo o que você precisa é um ambiente apropriado, garante o arquiteto paisagista Érico Zoller, da Casa das Plantas. “Escolha um local arejado, com bastante iluminação natural. Não é necessário que haja incidência direta de sol, mas se tiver, melhor. Espécies como pimentas, orégano e manjerona se desenvolvem bem sem a luz direta.”
De acordo com ele, existem mais de dez opções de vasos apropriados para espaços pequenos no mercado, além de hortas verticais, que são fixadas à parede. Para o sucesso do cultivo, ele orienta, procure mudas e substrato (terra com nutrientes) de qualidade, que podem ser encontrados em lojas especializadas.

Há três anos, o chef Marcos Fábio Carvalho adaptou uma floreira vertical de cerâmica para poder plantar na sua cozinha ciboullette, tomate cereja, três tipos de manjericão e até morango, dentre várias outras espécies. Além de garantir 50% das ervas e temperos que usa , o arranjo ainda deu uma função à parede da garagem de sua casa, um espaço antes inutilizado. A manutenção, segundo ele, não dá muito trabalho. A floreira tem um sistema de irrigação eletrônica que dispara automaticamente duas vezes por dia. “De resto, tenho apenas de retirar ervas daninhas e folhas. Uma vez por ano, reponho a terra e planto mudas novas.”

A proprietária e idealizadora do Horta Zen, Renata Rodrigues Bonazzi, desenvolveu junto do marido, Ignacio Rodriguez, um vaso de plástico com uma grade de madeira que o “divide” em 15 espaços de 15 cm x 15 cm. “Em cada quadrado, cabem quatro mudas de cenoura, ou uma de alface, ou duas de rúcula, ou quatro de rabanete…”, explica ela. Para quem quiser  plantar espécies diferentes no mesmo espaço, a empresária esclarece que cada uma tem necessidades específicas de irrigação e insolação, mas, na média, quatro horas de luz solar diárias funcionam bem para todas.”