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Paisagismo e Jardinagem

Costela-de-adão: como cuidar da espécie tropical queridinha das urban jungles

Isadora Rupp, especial para HAUS
11/02/2022 16:51
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A espécie em destaque no projeto de Luciano Zanardo, na Casa Cor. | Evelyn Müller/Divulgação

De nome científico monstera deliciosa, a popularmente conhecida como costela-de-adão vem ganhando destaque em projetos de paisagismo, sejam eles jardins externos ou nas urban jungles. Símbolo tropical, a planta tem folhas grandes e recortadas em um tom verde-escuro, cuja imagem faz referência a uma costela. A estética marcante, e ao mesmo tempo delicada, se torna uma aliada na decoração.
"As monsteras sempre estiveram nos meus projetos. Quando tenho oportunidade, sempre escolho ela, por ser um símbolo tropical. A folha é muito escultural e, junto com outras folhagens na composição do jardim, fica muito lindo", diz o paisagista Luciano Zanardo, do escritório Zanardo Paisagismo. Na última edição da Casa Cor, o especialista usou duas  costelas-de-adão gigantes como destaque em seu ambiente, exemplares raros que conseguiu com um produtor.
Mais do que uma tendência, o paisagista acredita que a costela-de-adão é uma planta coringa por sua adaptabilidade e pela baixa manutenção que demanda. Porém, assim como outras espécies, há alguns cuidados básicos para manter a planta bonita, seja dentro ou fora de casa. Zanardo conversou com HAUS e elencou alguns cuidados essenciais:

Plantio e luminosidade 

A monstera não vai bem em espaços com sol pleno, alerta Zanardo. Rapidamente, as folhas amarelam e secam nestas condições. Por conta disso, o plantio deve ser realizado em uma área de sombra em jardins externos, como embaixo de uma grande árvore ou em um local que não tenha luz solar direta. "Ela gosta da terra bem drenada e com bastante substrato orgânico", ensina o paisagista. O vaso escolhido também precisa ser ligeiramente maior do que a planta. Dentro de casa, vale a mesma regra: boa luminosidade, mas sem sol, e em ambientes arejados. A espécie não sobrevive em locais abafados.

Regas e limpeza

Costela-de-adão pode compor com outras espécies. Na foto, projeto de Luciano Zanardo.
Costela-de-adão pode compor com outras espécies. Na foto, projeto de Luciano Zanardo.
A rega da costela-de-adão deve ser realizada em dias alternados, com exceção dos dias quentes. Hidratar as folhas (com um borrifador) é algo que deve ser feito com frequência. "Elas adoram", diz Zanardo. Mas há diferenças entre a planta que fica em jardins externos e internos. Dentro de casa, não exagere na água. "Ela acumula mais umidade", alerta. Na dúvida, vale a regra: coloque o dedo na terra. Se sair seco, pode regar. Se a terra grudar, pode aguardar mais um pouco. No inverno, espace ainda mais.
Zanardo orienta realizar a adubação a cada três meses e ter o cuidado de tirar a poeira das folhas, seja com um pano úmido ou com produtos específicos (ele indica o brilha folhas, encontrado em lojas especializadas em jardinagem).

Na decoração

Folhagens podem ser utilizadas em vasos com água e duram até 20 dias.
Folhagens podem ser utilizadas em vasos com água e duram até 20 dias.
Além da costela-de-adão plantada na terra (no jardim ou em um vaso que compõe a urban jungle), as folhas podem ser utilizadas como folhagens de corte, colocadas em um vaso com água (igual ao que costumamos fazer com flores). Para que ela dure bem, o paisagista fala que é necessário trocar a água do vaso pelo menos duas vezes por semana, e também limpar o excesso de poeira das folhas. "Fica lindo na decoração e, se bem cuidada, a conservação pode chegar a até 20 dias", diz.