Platycerium bifurcatum
Paisagismo e Jardinagem
Chifre-de-veado: como cuidar da planta que é sensação nos projetos de decoração

Planta Chifre de veado, nome popular da “Platycerium bifurcatum”, é prima da samambaia tradicional e sensação dos últimos tempos nos projetos de interiores.
Você com certeza já viu a planta chifre-de-veado por aí. Prima das samambaias, sem frutos ou flores, a Platycerium bifurcatum tem folhas que lembram as galhadas de alce. Daí vem seu nome popular.
E essa majestade de suas folhagens tem arrematado o coração de muita gente no paisagismo de projetos de interiores. Na natureza, a planta se vira bem, mas quando ela mora no jardim, na varanda ou na sacada, alguns cuidados são necessários para deixar o chifre-de-veado sempre bonito.
Planta chifre-de-veado
De acordo com a jardineira, botânica e paisagista Raquel Patro, do portal Jardineiro.net, uma das grandes bibliotecas virtuais da botânica, o chifre-de-veado também conhecida pelo nome científico Platycerium bifurcatum, é uma epífita (planta que vive sobre outras, em geral pendurada ou apoiada em troncos, para ter mais acesso à luz, sem parasitar nutrientes) com dois tipos de folhas: umas arredondadas, bem finas e com aspecto de seco na base, que ao longo do tempo ficam marrons e aderem ao substrato; e outras normais, esverdeadas, espessas e grandes, que se bifurcam como chifres-de-veado.

"Mesmo parecendo seca e sem vida, nunca corte ou remova essa folha seca da base", orienta a renomada jardineira Carol Costa, do portal Minhas Plantas.
Em um de seus textos sobre o chifre-de-veado, Carol conta que a espécie oriunda lá da Oceania gosta de ambientes com alta umidade, sol fraco e nada de vento. "Cresce bem nessas condições e fica mais feliz se estiver agarrado numa árvore, tábua ou tronco. Mas, se tem um vaso de plástico com um bom substrato, ele não vai reclamar. É uma planta perfeita para crescer em uma parede, o que torna o chifre-de-veado um ótimo candidato à estrela em um jardim ou painel vertical", explica Carol.

Outro segredo que Carol compartilha é: por ser uma epífeta, nunca cubra ou enterre a base da planta. Para plantar em vaso, use vermiculita no substrato, que garante uma boa umidade. A medida ideal é duas partes de substrato para cada parte de vermiculita.
Como cuidar do chifre-de-veado
Para evitar perrengues com o chifre-de-veado, segundo as arquitetas Denise Yui e Julia Rettmann, criadoras da conhecidíssima Selvvva, o segredo é levar a planta para debaixo da torneira ou do chuveiro e dar um banho frio molhando das folhas verdes à parte seca. "Logo todo o excesso de água vai escorrer e ela estará pronta para voltar ao seu lugar", sugerem no blog da marca. "Você pode fazer esse processo semanalmente ou regar normalmente com mais frequência, cerca de duas vezes no período", afirmam.

Ainda de acordo com a Selvvva, a iluminação ideal é meia sombra. "Aproveite o sol da manhã ou do fim do dia, para não queimar suas folhas", escrevem as arquitetas.
Além de não arrancar as folhas marrons e secas da base, é importante não confundir os pelos das folhas com sujeira. Muita gente passa pano nas folhas dessa espécie e acaba prejudicando seu crescimento, uma vez que, sem esses pelos, a planta não consegue fazer sua captação normal da umidade e resseca.
Nos garden centers e floriculturas, encontra-se a muda de chifre-de-veado a partir de R$ 40. Se você decidir investir em uma planta já adulta, em seu pleno esplendor, o valor varia de R$ 64 a R$ 300, segundo valores informados para a reportagem por lojas especializadas em Curitiba.

Como regar chifre-de-veado da forma correta
A rega do chifre-de-veado deve ser feita com atenção ao seu comportamento natural, já que é uma planta epífita e não tolera excesso de água nas raízes. O ideal é manter o substrato apenas levemente úmido, evitando encharcamento. Em ambientes internos, a rega costuma ser necessária 1 a 2 vezes por semana, enquanto em áreas externas mais úmidas o intervalo pode ser maior.
Para regar corretamente, utilize um borrifador ou molhe apenas a base onde a planta está fixada, deixando que a água escorra por completo. Evite direcionar a água diretamente para o centro das folhas férteis, pois isso pode favorecer o aparecimento de fungos. O mais importante é observar o toque: se o substrato estiver seco, é hora de regar; se ainda estiver úmido, espere mais um pouco.
Outro ponto essencial é a umidade do ar, que influencia muito a hidratação da espécie. Em períodos de clima seco, vale complementar com borrifões leves nas folhas e aumentar a umidade do ambiente. Seguindo esse equilíbrio, a planta cresce saudável, com folhas vigorosas e bem formadas.