A florada multicor dos ipês

O ipê amarelo é o mais recomendado, pois se adapta facilmente ao solo e à temperatura do sul do país
Quando os ipês florescem em Curitiba, é sinal que o inverno começa a se despedir. Um prenúncio de primavera, que colore as copas e o chão. “Com isso, o nosso conhecido inverno cinzento é aquecido pelos tons coloridos das flores dos ipês”, explica a paisagista Nadia Benz. Nativos da Mata Atlântica, eles resistem bem às baixas temperaturas do sul do Brasil, pois não exigem grandes cuidados nem sofrem com a variação térmica.
Sua floração dura 30 dias, em média, e depende do rigor do inverno. Ou seja, quanto mais frio e seco o inverno, mais intensa e abundante é a floração. A cor amarela é a mais comum, pois suas mudas são mais facilmente encontradas e se adaptam rapidamente aos terrenos novos e a qualquer temperatura. Mas também existem espécies com flores rosa, roxo e branco.
Muito usado na arborização das ruas, o ipê pode compor qualquer projeto paisagístico e se harmoniza com outras plantas regionais. Além disso, é boa opção devido ao seu crescimento moderado. “Devemos atentar para o porte que a espécie escolhida pode atingir, não somente pela necessidade de espaço para o crescimento saudável da planta. Mas também por se tratar de uma espécie nativa, que necessita de autorização de órgãos ambientais para o seu corte. Portanto, é recomendado um bom planejamento do local, a fim de evitar dores de cabeça futuras”, defende Nadia.
Plantio e poda
O plantio do ipê pode ser feito em qualquer época do ano, em covas amplas e bem preparadas, preferencialmente com o adubo NPK. A irrigação precisa ser frequente no primeiro ano. É importante que a planta tenha contato direto com o sol, mesmo que por poucas horas diárias. A poda deve ser cautelosa e pode ser feita em qualquer época, no caso da retirada de galhos secos e mal formados. Para as podas maiores, recomenda-se que elas sejam feitas após o período de floração e com a menor intervenção possível, para não arriscar a saúde da árvore.