Apartamentos do prédio giratório de Curitiba não atraem nenhum comprador em leilão e agora estão com 40% de desconto

Luan Galani
06/06/2018 15:23
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Não foi o preço, mas o refinamento arquitetônico que afugentou compradores do prédio giratório. Foto: Antônio More / Gazeta do Povo.

O leilão desta quarta-feira (6) dos apartamentos do edifício Suíte Vollard, popularmente conhecido como prédio que gira, no bairro Mossunguê, em Curitiba, foi um fracasso. Nenhum lance foi registrado, de acordo com Isaias de Castro, da P. B. Castro Leilões, empresa responsável pela venda, que foi determinada pela 19ª Vara Federal de Curitiba para sanar o imbróglio fiscal do prédio.
Para o primeiro andar, que já está pronto para morar, o valor inicial era de R$ 730 mil. Já para os demais, o preço era de R$ 630 mil. Praticamente uma bagatela em comparação aos valores de lançamento, que giravam em torno dos R$ 2,3 milhões.
Construído a partir de 2004, prédio giratório nunca chegou a ser habitado. Foto: Foto: Marco Charneski / Tribuna do Paraná
Construído a partir de 2004, prédio giratório nunca chegou a ser habitado. Foto: Foto: Marco Charneski / Tribuna do Paraná
Um segundo leilão já foi marcado para o próximo dia 13, quando todos os apartamentos estarão com desconto de 40%. Os lances serão a partir de R$ 378 mil. A segunda oportunidade de adquirir os apartamentos também será aberta ao público, que poderá fazer os lances presencialmente na sede do leiloeiro, na Rua Jacarezinho, 1.257, ou pelo site.
É importante ressaltar que os valores devem ser pagos à vista, por meio de depósito judicial.
Detalhes da fachada do prédio. Foto: Foto: Marco Charneski / Tribuan do Paraná
Detalhes da fachada do prédio. Foto: Foto: Marco Charneski / Tribuan do Paraná

Sobre o Suíte Vollard

O prédio giratório do Mossunguê é uma poesia de concreto na cidade. A começar pelo nome, Suite Vollard, que faz referência à mais aclamada série de gravuras de Picasso. Lançado em 2004 como o primeiro prédio giratório do mundo com andares que se movem independentemente, nunca chegou a ser habitado devido a problemas judiciais enfrentados pela Construtora Moro. E isso foi suficiente para desencadear diversas lendas urbanas sobre a nossa Torre de Pisa. Inclusive de que a Xuxa teria comprado um dos apartamentos. Mas isso não passa de história da Carochinha.
Localizado num ponto privilegiado da cidade, o prédio conta com 11 lofts de 270 metros quadrados cada. Cercados por janelas, os apartamentos oferecem vista 360° da cidade e trazem a vantagem de receberem luz do sol a qualquer hora do dia.
Interior de uma das unidades do Suite Vollard. Foto: Marco Charneski / Tribuna do Paraná
Interior de uma das unidades do Suite Vollard. Foto: Marco Charneski / Tribuna do Paraná

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