Laje cai de prédio mais alto do país em Balneário Camboriú
Foto: Corpo de Bombeiros de Balneário Camboriú/Divulgação
Uma laje de 180 m² despencou da obra do Edifício Yachthouse Residence Club, em Balneário Camboriú, na tarde desta terça-feira (27), e atingiu dois operários. De acordo com o Corpo de Bombeiros, as lesões não foram graves. Após o acidente, a construção foi embargada pela prefeitura até nova fiscalização, que deve acontecer nesta quarta-feira (28). Segundo o município, a laje caiu do embasamento onde será o estacionamento e a área de lazer do empreendimento.
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A Defesa Civil aguarda a construtora do grupo Pasqualotto & GT para apresentar um laudo técnico sobre o ocorrido e quais medidas preventivas serão adotadas para impedir que mais acidentes ocorram. Em nota, o diretor de Fiscalização de Obras da Secretaria de Planejamento de Balneário Camboriú, Laurindo Ramos, disse que medidas serão anunciadas depois de descobrir a causa do ocorrido, “para que essa situação não se repita, sendo que esta não foi a primeira vez”, referindo-se ao acidente de setembro do ano passado, quando uma carga de concreto despencou do 50º andar da obra.
O empreendimento, ainda em construção, é considerado o maior prédio residencial do Brasil. Quando pronto, terá duas torres e 80 andares de altura. O imóvel leva assinatura do renomado estúdio de design italiano Pininfarina, reconhecido internacionalmente por realizar projetos para marcas como Ferrari e Rolls-Royce. A previsão de término da obra é para 2019. As unidades com três suítes, banheira de hidromassagem e três vagas de garagem são anunciadas por cerca de R$ 4 milhões.
Em nota, a diretoria do Yachthouse by Pininfarina informa que está avaliando com sua equipe técnica, através da produção de um laudo, a possível causa do acidente. “A ocorrência aconteceu no momento da concretagem da primeira laje de garagens do prédio anexo ao empreendimento, não danificando a estrutura das torres”, destaca a construtora. Reforça ainda que a obra, que tem mais de 120 mil m² e atualmente está no 53º andar, segue com todos os procedimentos de segurança necessários para resguardar a vida de todas as pessoas envolvidas na construção.
O empreendimento, no início de 2017, foi objeto de ação do Ministério Público Federal, que pedia a suspensão das obras e demolição de parte do edifício por possível descumprimento da legislação ambiental e irregularidade na concessão de licenças e autorizações ambientais para a obra. Em setembro de 2017, porém, as partes fecharam um acordo, que prevê a revitalização do rio e suas margens e a cessão de recursos para viabilizar o funcionamento da Área de Preservação Ambiental (APA) Costa Brava.