"Faça-se a luz! E a luz foi feita". A frase bíblica se encaixa perfeitamente ao que tem sido a Euroluce, mostra destinada ao setor de iluminação realizada pelo Salone del Mobile.Milano até o próximo domingo (23). Tradicionalmente com calendário bianual, havia quatro anos que os visitantes estavam "no escuro", uma vez que a exposição não pôde ser realizada em 2021 por conta da pandemia.

Mas valeu a espera! Em 2023, a Euroluce volta com força e ilumina os pavilhões 9, 11, 13 e 15 da Rho Fiera com propostas inovadoras que fazem dos produtos muito mais do que fontes de luz.

O que se vê pelos corredores são marcas entre as mais consagradas do setor apostando alto na sustentabilidade, na performance e na estética das peças, muitas delas com design limpo e, outras, com materiais pouco usuais.

A diversidade de composições, que amplia a possibilidade de customização dos projetos luminotécnicos, o foco na portabilidade - especialmente dos modelos de mesa -, e o convite à interação do usuário com a peça também recebem atenção.

HAUS visitou a Euroluce e selecionou dez destaques entre os lançamentos da edição 2023. Confira!

Com design de Andrea Anastasio para a Foscarini, o pedente e arandela Fregio une o trabalho manual em cerâmica, com padrões de flores e madonas, ao mundo da indústria contemporânea de sua estrutura em metal.

Um dos maiores arquitetos da atualidade, Bjarke Ingels, pela BIG (Bjarke Ingels Group) completa a coleção Veni Light com dois lustres para a Artemide. Com sete ou 11 braços, o modelo permite a qualquer usuário direcionar a luz girando e ajustando a "cabeça" de cada um deles. As peças ainda estão disponíveis em três diferentes alturas, o que permite diversas composições.

Não é só na matéria-prima que o tema sustentabilidade aparece. Para celebrar 20 anos da luminária Coral, a equipe da David Trubridge, da Nova Zelândia, não viajou a Milão para evitar a emissão de carbono ocasionada pelo voo intercontinental. Além disso, a marca apresenta uma composição da peça para uso externo com diferentes tamanhos em tom de branco, em referência à morte de 20% a 30% dos corais - que perdem as cores e tornam-se brancos - ocorrida nas duas últimas décadas.

Luminária ou elemento decorativo? A Alibel é ambos. Lançamento da Luceplan por Alessandro Zambelli, ela apresenta dois módulos em policarbonato -capazes de difundir ou acentuar a luz- que podem ser acoplados às lâmpadas fixadas ao trilho, o que permite diversas composições. O modelo também está disponível na versão de parede.

As curvas do Zaha Hadid Design são inconfundíveis, e na Slamp ganham ainda mais proeminência com a luminária Aria Infinita. Voltada a projetos de grandes ambientes, como hotéis, ela traz formas em policarbonato e módulos componíveis.

Nome inconfundível quando o tema é iluminação, Tom Dixon apresenta o pendente Puff. Com 45 cm de diâmetro, ele é composto por 30 painéis metálicos que formam um poliedro que reflete a luz em seu interior, tornando a peça ponto focal do ambiente onde estiver inserida.

Uma luminária, diferentes possibilidades de perímetros iluminados. Esta é a Black Flag. Assinada por Konstantin Greice para Flos, a peça é fixada à parede e tem braço dobrável, nos moldes das antigas trenas, o que faz com que seja possível expandir ou retrair a área iluminada de acordo com o desejo do usuário.

Simples, moderna, brutalista. Latão e concreto dão o tom contemporâneo à luminária de mesa Tau, por Clèment Cauvet para a DCW Èditions.

Linhas de algodão formam as cúpulas vazadas do pendente Array, por Umut Yamac para Vibia. Grandes na escala, as peças são extremamente leves (cerca de 7 kg) e estão disponíveis em diversos formatos e três cores: vermelho, verde e e amarelo.

Um luminária de bulbo, sem bulbo. O design da bul-bo xl, por Lodovico Gabetti e Fabrizio Pellegrino para Axolight, remete às antigas lâmpadas no corte da cúpula em metal chapado da luminária de piso. A base em tecido preto, unida ao metal, dá o toque moderno da composição.