Impacto emocional e outras técnicas para aplicar o marketing comportamental na arquitetura

Entregar uma experiência e preferir viver algo (como uma viagem, por exemplo) ao invés de comprar produtos e bens físicos: esses são alguns aspectos já consolidados no marketing em geral. E são - ou pelo menos deveriam - serem aplicados em diversas áreas, inclusive no design e na arquitetura. Mas, como criar isso de forma eficiente?

Essa foi uma das questões respondidas por Max Yogoro, que desenha estratégias de produto e serviços para empresas como o Nubank e também é professor na pós-graduação da Fundação Instituto de Administração (FIA), na palestra "Marketing Comportamental", onde ele falou sobre conceitos e aplicações voltadas também a arquitetura e ao design.

O evento fechou o último dia de programação da 19ª Expo Revestir, maior e mais importante evento do setor de acabamentos da América Latina que, em 2021, estreou sua primeira edição 100% digital, por conta das restrições impostas pela pandemia da Covid-19.

"No meu negócio e na luta pelo cliente, estou brigando com quem? A gente fica inclinado a achar que é com outro arquiteto. Mas nessa relação a gente conquista a atenção na comunicação com o cliente", fala Yogoro.

Outro aspecto fundamental, de acordo com o especialista, é criar uma estratégia de impacto emocional para o cliente. Atitudes simples mas que podem virar um momento único (como um bilhetinho simpático com o produto, por exemplo).

Buscar uma audiência prioritária (querer conquistar vários públicos e nichos é uma tarefa praticamente impossível) e prestar atenção nos comportamentos e preferências dos clientes são outras dicas de Yogolo.

De acordo com o professor, o marketing comportamental envolve indicar soluções ao cliente, e isso inclui reduzir as opções, fasear as escolhas a apontar a escolha padrão para diminuir o que ele chama de "esforço cognitivo"do cliente, que pode se ver perdido em meio a uma gama muito ampla de produtos.