Presidente da Móveis Cimo recebe homenagem póstuma no Dia da Indústria

O presidente da Fiep Edson Campagnolo entrega a placa de bronze em homenagem a Bráulio Zipperer para o seu filho, Carlos Zipperer Neto. Foto: Divulgação
Em comemoração ao Dia da Indústria, o Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) homenageou na última segunda-feira (25), empresários cujas trajetórias se destacam pela contribuição para o desenvolvimento do setor industrial paranaense. Entre eles, homenageado postumamente, estava Bráulio Zipperer, último presidente da família que atuou na empresa na Móveis Cimo, uma das mais tradicionais indústrias moveleiras do país. Líder empresarial, na década de 1970 presidiu o Sindicato da Indústria do Mobiliário e Marcenaria do Paraná (Simov) e foi diretor da Fiep. A homenagem foi recebida pelo seu filho Carlos Zipperer Neto.
Fundada em 1912 por sua família, a Móveis Cimo manteve-se familiar em suas duas primeiras décadas, levando desenvolvimento para a cidade de Rio Negrinho, em Santa Catarina, que sediava a fábrica. A indústria teve momentos áureos, chegando a fabricar 10 mil cadeiras de madeira por mês, vendidas para todo o Brasil. Entre as peças que mais se destacaram na história da empresa, estão a famosa carteira 1001, as carteiras escolares e poltronas de cinema encontrados em muitos brique-braques da cidade e garimpados por designers de todo o país.
“Minha maior lembrança da presença de meu pai na empresa era a obsessão de manter a alta qualidade dos móveis que criava. Por isso a móveis Cimo era reconhecida pela qualidade e inovação de seus produtos e foi a maior indústria de móveis de sua época”, destacou Carlos Zipperer Neto. Na ocasião, Zipperer lembrou que a empresa foi pioneira em sustentabilidade.
O primeiro projeto de reflorestamento aprovado pelo antigo Instituto do Pinho, hoje Ibama, foi criado pela Móveis Cimo em 1940”, disse. Quando a empresa foi vendida, 1982, após incêndios que destruíram as instalações de Joinville e Rio Negrinho, tinha cultivado em suas propriedades mais de 3 milhões de árvores adultas como pinheiro, cedro e imbuia – preferida para a fabricação de móveis.