Estilo & Cultura

Vila de arranha-céus terá hortas coletivas e reunirá habitações sociais e apartamentos de alta renda

Luciane Belin*
14/01/2019 20:26
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Fotos: Reprodução/ de Architekten Cie. | karres+brands

Que cada prédio seja uma espécie de vila, onde seus moradores possam conviver à moda antiga, conhecer os vizinhos, interagir, desenvolver consciência ecológica e ambiental e cultivar seus próprios vegetais. A convivência à moda antiga é também o futuro das habitações, segundo o projeto que venceu o concurso para redesenhar uma área próxima à estação de Leidsche Rijn, na cidade holandesa de Utrecht.
Desenvolvido em conjunto por quatro grandes escritórios de arquitetura do país, de Architekten Cie., karres+brands, KCAP Architects & Planners e Geurst & Schulze, o projeto do residencial MARK consiste em uma vila com três torres — de 80, 100 e 140 metros de altura — que propõe a transformação do edifício em um espaço de trocas entre seus moradores, já que as 1.128 residências serão divididas entre os mais diversos grupos sociais.
Segundo o site da de Architekten Cie., “aproximadamente 60% do programa consiste em habitação de aluguel social (279 unidades), moradia de aluguel médio (278 unidades) e casas de assistência (125 unidades)”.
Além disso, serão construídos 204 arrendamentos setoriais gratuitos e aproximadamente 242 residências ocupadas pelos proprietários. Assim, o residencial é transformado em um espaço de diversidade, já que os espaços coletivos estão entre os pontos em destaque no projeto: serão inúmeros espaços comunitários, restaurantes na cobertura, piscina, academia, lavanderia e cozinha comuns, além de quartos compartilhados para visitantes, áreas de trabalho flexíveis e espaços para artistas.

Hortas comunitárias

Pensando em ecologia e sustentabilidade, as copas dos prédios e os terraços inferiores disponíveis em cada torre funcionarão como estufas de horticultura, nas quais o futuro da produção de alimentos é perfeitamente integrado ao cotidiano dos habitantes. Além disso, em todos os níveis estarão disponíveis espaços menores onde os residentes também poderão cultivar pequenas hortas.
O núcleo da vila, entre os prédios, aplicará ainda o conceito de floresta urbana, incentivando a conexão dos moradores e visitantes com as origens rurais da região, que costumava ser abrigar de grandes plantações. As estratégias de integração também incluirão a disponibilidade de uma frota compartilhada de 100 veículos, de forma que, ao invés de ter seus próprios carros, os moradores compartilhem os de propriedade da vila, reduzindo assim a emissão de poluentes.
Embora a construção ainda não tenha iniciado, a previsão para conclusão da construção da MARK Village é o ano de 2023.
Veja mais imagens do projeto:
Fotos: Reprodução/ de Architekten Cie.
Fotos: Reprodução/ de Architekten Cie.
*Especial para Haus.

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