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São Paulo vai transformar aeroporto em parque municipal
Foto: Google/Henrique Miraldo/Reprodução
São Paulo vai ganhar um novo parque público. Com 401 mil m², o parque já nascerá sendo o terceiro maior da cidade. A nova área de lazer ficará onde hoje é o aeroporto Campo de Marte, na zona norte, como apurou a Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (21).
A notícia veio de um acordo selado hoje entre a Prefeitura de São Paulo e a União, em encontro entre o ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o prefeito João Doria (PSDB). Apesar de ter aceitado ceder parte da área, Jungmann não explicou se a decisão significará a retirada ou redução de voos do Campo de Marte.
“O Campo de Marte terá sua destinação requalificada para um parque. Serão três fases. A primeira vai destinar 401 mil m² do campo para a construção desse parque, que, com isso, passa a ser o terceiro maior da cidade. Vamos anunciar todos os detalhes no dia 7 de agosto com a presença do presidente Temer”, disse Doria.
Na reunião, segundo relato de participantes à Folha de S.Paulo, ficou acordado que a prefeitura tocaria gradualmente esse processo de construção do parque, que seria feito aproveitando um trecho preservado de Mata Atlântica, cortado por um córrego, que é gerido pelo Ministério da Defesa. Ao todo, a pasta administra área de 1,1 milhão m². O restante do Campo de Marte, 975 mil metros quadrados, é gerido pela Infraero.
Em tom amistoso, a reunião foi marcada pela ideia de que prefeitura e Ministério da Defesa devem conversar sobre esse tema sem a necessidade da intermediação da Justiça. Prefeitura e União disputam há décadas a posse do terreno onde fica o Campo de Marte. Em 2011, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) deu razão à prefeitura. O caso está no STF (Supremo Tribunal Federal).
Ficou acertado entre Doria e Jungmann que outras reuniões serão marcadas para tratar do tema. Nesta sexta-feira (21), a desativação do aeroporto no Campo de Marte foi apenas esboçada como tópico para outros encontros.
Durante sua gestão, o prefeito Fernando Haddad (PT) apresentou a intenção de fechar o Campo de Marte para aviões. A tese de Haddad era a de que falta emprego na zona norte de São Paulo – a região, neste índice, perde apenas para a zona leste – porque a presença do Campo de Marte impõe limitações à verticalização. As restrições decorrem do movimento de aviões no entorno do aeroporto no pouso e na decolagem.
*Com Folhapress.