Estilo & Cultura

Nova ‘rua de bares’ mistura cultura e sustentabilidade no Juvevê

Aléxia Saraiva
18/10/2018 20:04
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Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo | Leticia Akemi

Depois que as vilas gastronômicas e os street markets habituaram o curitibano a sair de casa para ocupar a rua, novos modelos de espaços públicos têm surgido com a premissa de ser uma alternativa a parques e bares, justamente pela praticidade de unir os dois. Foi com esse objetivo que nasceu a Rua Pagu, novo espaço do Juvevê que, mais do que gastronomia, oferece um local de convivência — e que inaugura neste sábado (20), a partir das 11 horas.
A ideia nasceu com a ex-advogada Fabíola Nespolo, que se uniu às amigas de longa data Carolina Coneglian Pimentel e Ana Luísa Richetti para a empreitada. Duas operações vão funcionar no local: uma franquia do bar Sirène e uma do Choripan. Com projeto assinado pela arquiteta Raquel Pagnoncelli, a principal pegada da Rua Pagu é misturar cultura à sustentabilidade, trazendo leveza em meio ao centro urbano.
Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo
Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo
O espaço tem duas entradas: uma pela rua Alberto Bolliger, outra pela rua Conselheiro Carrão, e cria uma espécie de corredor que corta a quadra no meio e permite a travessia de pedestres. Anteriormente, o terreno funcionava como um estacionamento. Três contêineres abrigam as operações e os banheiros, enquanto o restante do espaço é ocupado por pallets, carretéis e cadeiras que chamam à permanência do público e que têm uma pegada sustentável.
“Isso dá liberdade e mobilidade”, conta Fabíola. “O curitibano, em dia de sol, gosta de ir ao parque — estender a canga e ficar lá. A gente quer transformar a Rua Pagu em um espaço público, sendo uma alternativa para fugir do centro”.
Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo
Foto: Letícia Akemi/Gazeta do Povo

A identidade Pagu

“Nós somos três mulheres. A gente percebeu que [a liderança] dos bares não são muito ocupados pelas mulheres. Nós já sofremos vários preconceitos por isso — desde assédio até falta de respeito, que não vinha. Como a gente percebeu isso, a gente quis trazer o feminino pra cá: é ‘a’ rua e ‘a’ Pagu”, explica Fabíola. O nome da rua é o apelido e pseudônimo da artista Patrícia Galvão, escritora, poeta e jornalista que floresceu na época antropofágica do modernismo brasileiro — foi amiga de Tarsila do Amaral e esposa de Oswald de Andrade.
A homenagem a Pagu está por toda a parte na Rua: nos lambe-lambes da fachada externa, nos retratos estampados nos barris e na hashtag #SomosTodasPagu, slogan do conceito.
A partir de sábado (20), o local estará aberto ao público. A Rua Pagu fica na Rua Alberto Bolliger, 120, e funcionará de segunda a quinta, das 17h30 às 22 horas; nas sextas, das 17h30 a meia-noite, aos sábados, das 11 horas a meia-noite e aos domingos, das 13 horas às 21 horas.

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