Estilo & Cultura

Piquenique noturno propõe ocupação da Rua XV nesta quinta-feira (16)

Angieli Maros
16/02/2017 14:00
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Foto: Antônio More/Gazeta do Povo | Gazeta do Povo

Uma intervenção vai transformar a Rua XV de Novembro, no Centro de Curitiba, em um “campo” de piquenique na noite desta quinta-feira (16). A proposta é quase como uma viagem no tempo para mostrar que a via, tradicional ponto da capital, pode voltar a ser um espaço de uso compartilhado também à noite, quando o comércio fecha as portas.
O encontro, que recebeu o nome de “XVnique” vai começar as 18h30 e deve se prolongar até as 22 horas. O ponto de encontro é o chafariz, entre a avenida Marechal Floriano Peixoto e a Alameda Doutor. Muricy.
Além da toalha e da comida, quem quiser participar do piquenique também terá de levar a sua própria sacola para recolher o lixo.
Andamos pela Rua XV inteira para flagrar os camelôs ou ambulantes na Rua XV, a operação limpeza da prefeitura funcionou?!?! Conversamos com os comerciantes e com os pedestres que relataram pontos a favor da operação e contra. - Foto: Antônio More / Gazeta do Povo
Andamos pela Rua XV inteira para flagrar os camelôs ou ambulantes na Rua XV, a operação limpeza da prefeitura funcionou?!?! Conversamos com os comerciantes e com os pedestres que relataram pontos a favor da operação e contra. - Foto: Antônio More / Gazeta do Povo
“A Rua XV faz parte da história de Curitiba desde sempre. À noite costumava ser movimentada, com barzinhos, cinemas e cafés. Com o passar dos anos a rua foi ficando vazia”, relata a arquiteta Danielli Costa Wal, que integra o coletivo de arquitetura e design Ponto 41, responsável pela organização do evento com o apoio da Villa Coworking.
De acordo com Danielli, a ideia de organizar o piquenique surgiu a partir de um estudo do coletivo sobre “vazios na cidade”. “A Rua XV é o que chamamos de vazio temporário: durante o dia tem muito movimento, mas à noite ela fica totalmente ociosa, erma e até insegura.”
A banda Astrolábio foi contratada para animar o encontro, que, segundo o coletivo, é apenas a primeira de uma série de intervenções que o grupo está estudando trazer para a cidade.

Outros vazios

Durante o estudo foram identificados outros três “vazios urbanos” em áreas de Curitiba que foram classificadas como sendo vazio social, vazio de uso e vazio de representação. Ao longo do ano essas áreas receberão atenção do coletivo que promoverá ocupações e intervenções pontuais.
Fotos, vídeos e outros materiais produzidos durante as intervenções darão origem à exposição Arquitetura como interfaceque será apresentada pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPR ainda no primeiro semestre de 2017.

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