Estilo & Cultura
Obras de grandes proporções de Elizabeth Titton ganham registro em livro fotográfico
Livro será lançado na loja do MON na próxima quinta-feira (01). A foto que ilustra a capa é de Rubens Nemitz Jr.
Obras de arte de grandes proporções são cada vez mais raras entre a produção dos escultores. A dificuldade de transporte e produção e até mesmo a inviabilidade técnica estão entre as justificativas. Entretanto é justamente essa arte vistosa que move a paulistana radicada em Curitiba Elizabeth Titton.
Há quase dez anos ela chamou atenção com a série de esculturas intitulada In Natura, formada por 36 obras inspiradas em árvores e em outros elementos da natureza. As estruturas em bronze, vidro e aço (corten e policromado) tinham dimensões entre 2 e 6 metros de altura e povoaram o jardim frontal do Museu Oscar Niemeyer em setembro de 2007.
A busca por, de certa forma, fechar o ciclo deste trabalho deu origem ao livro O observador In Natura, onde a artista selecionou 80 imagens capturadas por 18 fotógrafos que registraram o trabalho de Titton nos últimos anos.
“É um apanhado das obras em situações e paisagens diversas. Um novo olhar para as peças. É a série ganhando um fecho, 10 anos depois de sua criação”, explica a artista.
Com produção cultural de Hugo Umberto Carmesim, organização de Elizabeth Titton, textos de Dico Kremer e Denise Bandeira e design gráfico de Cristiane Batista Tavares, a obra será lançada na próxima quinta-feira, dia 01 de dezembro, na loja do MON.
Futuro
A escultura faz parte da vida de Titton há mais de 35 anos e as peças em grande formato terão uma nova série, com lançamento previsto para 2018. “A partir de um toten que fiz por ocasião das comemorações de 50 anos da Sanepar, comecei a fazer outros estudos que se concretizarão como a segunda fase da série In Natura, com 20 novas esculturas”, revela.
A escultora enxerga no contraponto entre o trabalho poético da criação artística e o corte e produção industrial de suas peças a força da linguagem de sua arte. “Busco o mais profundo de mim e a linguagem mais pessoal para expressar nas obras, mas ao mesmo tempo, vejo que os materiais mais duradouros são as melhores soluções técnicas para materializar meu pensamento.”
Trajetória
Elizabeth Titton nasceu em São Paulo, mas está em Curitiba desde 1957. Graduou-se em Administração pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e em Pintura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP). Foi diretora e membro do conselho consultivo do Museu de Arte Contemporânea do Paraná, criadora do Espaço Cultural “Pró-Criar” e professora do Curso Superior de Escultura da EMBAP. Participou de diversas exposições em vários estados e fora do Brasil.
Suas esculturas estão em diversos espaços públicos de Curitiba, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, além da Suíça. Tem ainda peças compondo cenários de novelas e séries de televisão na Rede Globo e SBT.