Estilo & Cultura
Sustentabilidade pauta soluções arquitetônicas de cidades
A vida dos moradores do bairro de Vauban, na cidade de Freiburg, é quase sem poluentes atmosféricos. Fotos: Vauban.de /Divulgação.
A preocupação com o meio ambiente e o impacto gerado pelas construções é uma questão que deve acompanhar o fazer arquitetônico. No Brasil, as iniciativas claras para isso ainda são tímidas, mas em muitos países há exemplos concretos de cidades que se reinventaram com projetos que visam o consumo consciente de energia e a economia de recursos naturais. Apresentamos dois casos bem-sucedidos onde ideias básicas de urbanização e arquitetura foram o ponto de partida para uma nova realidade.
Freiburg, Alemanha
Imagine uma cidade com 500 quilômetros de ciclovia, que usa energia solar em quase todos os imóveis e figura como uma das mais sustentáveis no mundo. Esta cidade existe e fica na Alemanha. Freiburg, viu na melhora da qualidade de vida dos moradores a forma mais efetiva de desenvolvimento.
Imagine uma cidade com 500 quilômetros de ciclovia, que usa energia solar em quase todos os imóveis e figura como uma das mais sustentáveis no mundo. Esta cidade existe e fica na Alemanha. Freiburg, viu na melhora da qualidade de vida dos moradores a forma mais efetiva de desenvolvimento.
Mas a revolução não começou agora. Foi no pós-guerra, quando o município precisou ser reconstruído e incluiu medidas de preservação ambiental e conservação de recursos naturais. Grande parte dos imóveis dos 220 mil habitantes são adeptos do conceito de “casa passiva”, no qual a construção conta com isolamento térmico. Estima-se que edificações desse tipo sejam 10% mais caras do que a obras comuns, mas, de acordo com as autoridades locais, a economia no consumo de energia acaba compensando o preço da obra.
A cidade ficou ainda mais em evidência com a conclusão do bairro de Vauban, em 2006. O projeto é do arquiteto Rolf Disch, referência em obras que utilizam energia do sol. O terreno onde está o bairro pertencia a uma base militar francesa que foi desativada em 1989 com a queda do muro de Berlim. Os imóveis de Vauban têm placas solares em seus telhados, que suprem ao menos 20% da eletricidade demandada pela população local. As casas funcionam ainda como usinas e a energia excedente é repassada à rede pública, gerando economia para os moradores.
O principal meio de transporte é a bicicleta, carros só estão liberados para circulação na via principal, de onde sai um bonde elétrico que segue para o centro de Freiburg.
Copenhague, Dinamarca
Em resposta às devastadoras enchentes de 2011, a cidade de Copenhague, na Dinamarca, lançou um plano de reestruturação urbanística para combater os efeitos das mudanças climáticas na região. O projeto, com foco em soluções ecoeficientes, foi desenvolvido pelos arquitetos , do escritório local Tredje Natur.
Em resposta às devastadoras enchentes de 2011, a cidade de Copenhague, na Dinamarca, lançou um plano de reestruturação urbanística para combater os efeitos das mudanças climáticas na região. O projeto, com foco em soluções ecoeficientes, foi desenvolvido pelos arquitetos , do escritório local Tredje Natur.
A fim de redirecionar o excesso de água e minimizar os efeitos das ilhas de calor, superfícies pavimentadas do distrito de San Kjeld serão substituídas por áreas gramadas e pequenos parques urbanos, enquanto calçadas elevadas facilitarão a captura e encaminhamento das águas pluviais em direção ao porto da capital dinamarquesa.
Abrangendo uma área de 105 hectares, o programa tem como objetivo reestruturar os espaços urbanos em função das atuais mudanças climáticas. “É importante transformar as cidades em uma arma contra as atuais e futuras alterações no clima”, afirmam os arquitetos.