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Ilha na França procura moradores aventureiros e que gostem de isolamento

HAUS
05/10/2017 22:06
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Foto: Reprodução/Facebook.

Você gostaria de ganhar dinheiro para morar em uma ilha deserta? Essa foi a história de David e Soizic Cuisnier. O casal foi escolhido para administrar a ilha Quéménès, no litoral da Bretanha, oeste da França, mas, após 10 anos, decidiu ir embora alegando que as crianças precisam morar perto de uma escola. Após a saída da família, o governo francês buscou (com urgência) outro casal para assumir o local. Hoje, Quéménès tem 20 candidatos às vagas e os selecionados devem se mudar no início do próximo ano.
A ilha possui menos de 2 km de comprimento, formada por areia, rochas e grama, e está localizada no arquipélago de Molène, onde vivem focas, ovelhas, pássaros marinhos e coelhos. Quéménès foi um dia propriedade privada, mas foi abandonada pelos donos há 25 anos. Depois disso, foi adquirida pela Agência de Proteção Costeira da França, que, ao invés de transformar o local em uma reserva natural, preferiu encontrar um casal que cuidasse da ilha.

Seleção

O anúncio para a nova vaga dizia: “Procura-se pessoa(s) para administrar ilha na Bretanha. Precisa ter mentalidade prática e resiliente. Casa inclusa. Isolamento garantido”. Isso porque, um dos principais requisitos para morar em Quéménès é o de que seus moradores devem produzir seu próprio sustento, usando apenas os recursos disponíveis no local. Os antigos moradores deixam o melhor dos incentivos: “Morar aqui foi um ato de loucura, mas acabou sendo uma aventura maravilhosa. Transformamos a fazenda em um negócio de sucesso. Construímos uma família. Foi inesquecível”, afirmou o casal Cuisnier ao portal da BBC.
As condições impostas não são para qualquer um: a eletricidade vem de painéis solares e turbinas eólicas, os banheiros não possuem privadas secas e a água vem de poço e não é considerada potável pelas regulamentações francesas. Porém, diferente do que se imagina, o local não é solitário. A família Cuisnier afirma que recebia visitas constantes, tinha internet e telefone.
Foto: Reprodução/Facebook.
Foto: Reprodução/Facebook.
O atendimento para quem vive no local também é ágil. David Cuisnier contou à reportagem da BBC que no dia em que sua esposa cortou o dedo e precisou de assistência médica, o helicóptero chegou em 20 minutos até a ilha. “Mais rápido que o atendimento que ela receberia no continente”, explica ele.
Os candidatos que assumirem o posto de “guardiões da ilha” certamente terão um desafio pela frente e muitas histórias pra contar.

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