Estilo & Cultura

Famoso designer egípcio Karim Rashid é barrado na imigração dos EUA

Luan Galani
28/03/2017 15:09
Thumbnail

Badalado designer que prega o rosa como o novo preto da decoração foi barrado na entrada dos Estados Unidos. Foto: Divulgação

Em tempos de Donald Trump até o impensável acontece. O famoso designer egípcio Karim Rashid, reconhecido mundialmente pelas cores vibrantes e formas orgânicas de suas criações, foi barrado no controle de imigração do Aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, na noite desta segunda-feira (27).
Mesmo com cidadania americana há 13 anos, o que o torna legalmente cidadão norte-americano, Rashid foi rejeitado quando chegava de uma viagem de Tbilisi, na Georgia. O que torna a situação ainda pior é que o designer mantém um escritório em Nova York desde 1992, quando terminou seus estudos em universidades do Canadá e da Itália.
Depois de sua entrada ser oficialmente recusada, o badalado designer ficou em uma sala da imigração por mais de uma hora. De acordo com Rashid, ele foi colocado de lado em decorrência de seu nome muçulmano, que ele acredita estar em uma lista de vigilância. Ele só conseguiu ser liberado e finalmente entrar no país depois que um oficial de Washington confirmou sua identidade por telefone.

Veja o relato de Karim Rashid

Em textão no Facebook, Rashid desabafa: “Eu acredito que isso vai acontecer novamente comigo. É 2017. Mas e a era digital? Não existe maneira mais avançada de saber que eu não era o Karim Rashid que eles procuravam do que olhar meu peso, altura, data de aniversário e número da identidade? Essas informações são tão rudimentares. E alguém em Washington me liberou por telefone com base no que escrevi em um papel? Eu poderia ter escrito qualquer coisa. Isso é graças ao Donald Trump e sua catalogação racial de muçulmanos. Eu nem sou muçulmano. É só o meu nome”.
Apesar da experiência negativa, ela não é novidade. Outro grande nome da área também já foi barrado de entrar nos Estados Unidos: o galerista argentino Juan Garcia Mosqueda, um dos fundadores da Galeria Chamber, foi inclusive deportado para a Argentina, apesar de também ser cidadão norte-americano há 10 anos.

LEIA TAMBÉM