Estilo & Cultura
Reciclagem urbana: 5 fábricas abandonadas que viraram espaços incríveis
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Fachada do Museu de Arte Moderna de Malmö, na Suécia. Local foi instalação da companhia estatal de eletricidade Foto: Reprodução/Museu de Arte Moderna de Malmö
Cada vez mais exemplares de patrimônio industrial, como fábricas e usinas, são revitalizados e transformados em espaços modernos e inovadores. Em sua tese “Um olhar sobre o patrimônio histórico industrial”, a arquiteta Iaskara Souza explica que, inicialmente, a ideia de se preservar o patrimônio industrial estava ligada apenas à preservação do monumento como monumento. Houve uma mudança de mentalidade e hoje, a preservação pode vir na forma de reutilização destes locais com novos fins.
Ainda assim, Souza acredita que o Brasil ainda não entrou neste campo. Ela avalia que alguns países já entendem o patrimônio industrial como um real patrimônio, mas os brasileiros ainda estão dando seus primeiros passos.
De acordo com Iaskara, poucas fábricas mantém, depois de desativadas, os equipamentos e maquinários originais. Sendo assim, sobra uma grande estrutura que deve ser aproveitada. A arquiteta afirma ainda que muitas vezes estas estruturas acabam demolidas, pois não se sabe o que fazer com elas.
O processo de compreensão destas obras é fundamental para selecionar o que e como preservar aspectos tanto históricos quanto estéticos, na opinião da arquiteta. Ela defende que deixar de lado estes exemplares seria um grande desperdício, pois eles têm características modernas e com grande potencial.
Confira alguns exemplos de fábricas, em diferentes países, que servem um novo propósito
Museu de Arte Moderna de Malmö, Malmö
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O edifício foi construído em 1900 e abrigava as instalações da companhia estatal de eletricidade da cidade sueca. Em 2008 o espaço estava vazio e o Museu de Arte Moderna o ocupou. Um ano depois, em 2009, um anexo moderno foi adicionado à estrutura centenária. A revitalização do prédio histórico trouxe uma nova vida à cidade, e virou um marco da região. Atualmente o museu é considerado um dos mais importantes museus de arte moderna e contemporânea do mundo.
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Usina Termoelétrica Battersea, Londres
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Imortalizada na capa do álbum Animals, da banda inglesa Pink Floyd, a Battersea Power Station hoje é um vibrante centro cultural, social e gastronômico. Como o nome já diz, o local também abrigava uma usina termoelétrica, construída em 1930.
Foi desativada em 1983 e, mesmo antes de ser revitalizada, foi muito visitada nos últimos 50 anos pela sua fama na cultura pop. Por muitos anos ela permaneceu fechada e sem uso, até que recentemente começaram as obras de revitalização, que ainda estão em andamento. Hoje visitantes encontram lá restaurantes, feiras, atrações culturais e até opções de moradia.
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
Tate Modern, Londres

Provavelmente um dos itens mais conhecidos dessa lista, o Tate Modern é também um museu de arte moderna. Ele faz parte do grupo Tate, que possui galerias em outros locais da Inglaterra. A instalação é de 1947, e servia como uma central termoelétrica, desativada em 1981. Devido à sua localização privilegiada, à beira do Rio Tâmisa, foi transformado no que é hoje entre 1995 e 2000. É considerada a terceira maior atração turística de Londres, e possui obras de Picasso, Matisse, Braque, Chagall e muitos outros artistas do século 20.
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Faena Arts Center, Buenos Aires
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Aberto em 1908, foi um dos primeiros moinhos de farinha da Argentina. A sala principal de exibição é onde antigamente ficava o moinho, que processava mil toneladas de trigo por dia. De acordo com o site do museu, o ambiente foi reconstruído – mas manteve os detalhes originais do final dos anos 1900. Outros detalhes da fábrica como os tetos, arcos e janelas servem de plano e fundo para a arte contemporânea abrigada no museu.
A proposta do Faena Arts Center é de expor a arte que brinca com os limites: misturas de artes plásticas com design, arquitetura, moda, literatura e tecnologia. É um dos maiores centros culturais da Argentina, e recebe artistas do mundo todo.
Auditório Niccolò Paganini, Parma
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Construído em 1899, a antiga usina de açúcar italiana foi abandonada no ano de década de 1960, e convertida em uma sala de concerto em 1996. A obra preservou os detalhes originais da estrutura, mas hoje ela abriga uma auditório de 780 lugares, palco, bar, chapelaria, salas de ensaio, salas de serviço, escritórios e sala de descanso. As paredes transversais foram substituídas por vidro, o que causa, de acordo com o site da sala de concerto, um perfeito equilíbrio entre acústica e transparências.

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