Estilo & Cultura
Em escavações para o metrô, Roma encontra “mini Pompeia”
Pedaço de piso conservado da época do império romano. Foto: Reprodução
Um canteiro de obras da linha C do metrô de Roma revelou um novo sítio arqueológico na capital italiana. Assim como na famosa Pompeia, os dois ambientes da era imperial romana (162 a 476 d.C) parecem ter sofrido um incêndio que conservou o piso de madeira e mosaico preto e branco, além do mobiliário existente à época.
As escavações estavam sendo feitas na Via dell’Amba Aradam. Ali, também foi encontrado o esqueleto de um cachorro que, provavelmente, ficou preso nos espaços no momento do incêndio. De acordo com autoridades de Roma, esse tipo de conservação não é muito comum. Para que aconteça, algumas condições especiais são necessárias. Por isso a descoberta está sendo comparada a Pompeia, cidade que, em 79 d.C., foi atingida por uma erupção vulcânica. Os corpos dos moradores, modelados pelas cinzas expelidas pelo Vesúvio, foram conservados e podem ser vistos ainda hoje, como se tivessem sido congelados no tempo.
Essas mesmas características também estão presentes na mini Pompeia encontrada no subsolo de Roma. “O que faz dessa descoberta parecida com Pompeia é o fato de que o fogo que interrompeu a vida neste ambiente nos permite imaginar a vida em um determinado momento da história”, diz o superintendente da capital italiana, Francesco Prosperetti.
Roma enfrenta um dilema para a expansão de suas linhas de metrô. Surpresas como a da “mini Pompeia” aparecem sempre que a cidade inicia novas escavações para ampliar a rede de transporte subterrâneo. Por esse motivo, apenas duas linhas de metrô estão disponíveis para os usuários, apesar dos esforços de vários governos. O grande número de sítios arqueológicos é resultado dos quase três mil anos de história da cidade. Algumas ruínas da época do império são, atualmente, pontos turísticos famosos. É o caso do Foro Romano, do Palatino e do Coliseu, por exemplo.