A mostra “Mira e Múltiplos” da artista plástica paranaense Eliane Prolik apresenta a série inédita de esculturas de mesa intitulada Mira, e dois múltiplos, que trazem questões significativas da poética da artista. As obras, produzidas em metal, articulam elementos geométricos, urbanos e cotidianos e suas esculturas constroem uma variedade de intensidades luminosas e ópticas.
Também fazem parte da exposição os Tapumes (2013), elementos que criam uma espécie de labirinto para o espectador, e Brise (2014), composta por esculturas suspensas que envolvem o tempo, a luz e o espaço.
Outro destaque da mostra de Eliane Prolik é a obra Mira, inédita por aqui mas sucesso no Rio de Janeiro desde setembro de 2013, quando foi exibida na feira ArtRio e, logo após, incorporada ao acervo do Museu de Arte do Rio (MAR). “Mira é composta por tubos e possibilita uma dinâmica entre observar-se e refletir enquanto se vê”, afirma Eliane. “É uma obra muito interessante, em que há um aspecto reflexivo”, explica Guilherme Simões de Assis, diretor da SIM Galeria, que representa a artista com exclusividade.
Funcionalidade e acesso
O olhar atento ao cotidiano e a visão urbana presentes nas criações da artista ultrapassam a concretude de sua obra e atingem a funcionalidade. O formato e o tamanho das esculturas, por exemplo, são levados em conta desde a sua concepção. “Procuro transitar pelos múltiplos espaços para estar presente no dia a dia das pessoas”, revela a artista. “Múltiplos” é uma edição de 50 peças iguais e o colecionador pode adquirir apenas uma ou várias delas, com total liberdade de composição. Essa linha criativa, segundo a atriz, amplia o olhar à cultura. “Atribuo um valor cultural ainda maior ao meu trabalho ao democratizar o acesso”, diz.