Estilo & Cultura
Curitiba: uma cidade para ser fotografada no inverno
Entardecer gelado na paisagem curitibana, com destaque para a luz dourada e o contorno dos prédios. Foto: Nani Gois/Acervo pessoal
Com a correria do dia a dia talvez você não perceba, mas, no inverno, Curitiba fica mais “fotografável”. As manhãs de geada rendem cliques glaciais, enquanto que as tardes chuvosas reforçam nosso corpo e alma “londrinos”. Temos neblina e muito cinza. Mas quando vem o sol, sorrimos, os prédios e as pedras das calçadas de petit-pavê brilham e as cores da natureza se ressaltam.
“É uma cidade que proporciona um grafismo fantástico, que ajuda o fotógrafo porque se permite fotografar”, reflete o editor de fotografia da Gazeta do Povo, Alexandre Mazzo. A paisagem construída pelo homem por aqui também é digna de retratos, como afirma o repórter fotográfico Nani Gois. “Curitiba tem prédios geralmente limpos e bem conservados. Não é muito poluída. Parece ter vida própria.”
O inverno é uma das melhores épocas para fotografá-la. “O clima e a incidência de luz solar influenciam na temperatura das cores, deixando os tons mais frios, suaves e reais”, diz Mazzo.
Apesar de os cliques mais certeiros serem durante as manhãs de neblina e de geada no Parque Barigui, a cidade tem outras opções, como os parques Tanguá e o Tingui, e os bosques do Papa e Alemão, que oferecem, na opinião de Daniel Castellano e Antônio More, ambos repórteres fotográficos da Gazeta do Povo, paisagens naturais que ilustram bem Curitiba no inverno.
Gois gosta de percorrer a praça do Homem Nu e o centro velho atrás de imagens da Curitiba com frio. O fotógrafo Orlando Azevedo, por sua vez, destaca a luz da estação que reflete em edifícios históricos, como o do antigo Hotel Eduardo VII, na Praça Tiradentes. “Curitiba pulsa, tem muitos elementos que passam despercebidos e caminhos a serem percorridos. E é essa redescoberta das coisas que me interessa”, comenta.
Roteiro certo
Segundo More, as primeiras horas da manhã no Memorial Ucraniano, no parque Tingui, rendem os melhores registros de geada, com sotaque europeu. Para captar a chuva, a Praça Santos Andrade é a musa. “É um lugar relativamente limpo de fiações elétricas, com um calçadão grande em que se formam várias poças, sem a interferência de automóveis”, explica Castellano. “É possível fazer uma composição com a água, o prédio histórico da Universidade Federal do Paraná e as pessoas caminhando”, complementa. A Praça Rui Barbosa e a Rua XV também são bons cenários em dias de chuva, e quanto mais alto se subir, melhor para ver a neblina.
Segundo More, as primeiras horas da manhã no Memorial Ucraniano, no parque Tingui, rendem os melhores registros de geada, com sotaque europeu. Para captar a chuva, a Praça Santos Andrade é a musa. “É um lugar relativamente limpo de fiações elétricas, com um calçadão grande em que se formam várias poças, sem a interferência de automóveis”, explica Castellano. “É possível fazer uma composição com a água, o prédio histórico da Universidade Federal do Paraná e as pessoas caminhando”, complementa. A Praça Rui Barbosa e a Rua XV também são bons cenários em dias de chuva, e quanto mais alto se subir, melhor para ver a neblina.
*especial para a Gazeta do Povo