Estilo & Cultura
A arquitetura monumental de cinco estações ferroviárias pelo mundo
Wim Bladt/Wikimedia Commons
Estação Central da Antuérpia
Não é difícil confundir a principal estação da Antuérpia, no norte da Bélgica, com um palácio. A riqueza de detalhes e a extravagância são dignas de uma catedral medieval. Afinal, ela foi construída com mais de 20 tipos de pedras e mármores, além de detalhes em ouro e telhado abobadado de vidro. Erguida entre 1895 e 1905 com diversas características do período eclético para substituir uma velha estação de madeira, o edifício conta com 44 metros de altura e mais de 180 metros de extensão. Passou por uma reforma e expansão, concluídas em 2007, e, em 2011, recebeu o Prêmio Europa Nostra, um reconhecimento da União Europeia para as heranças culturais, por ter conseguido combinar a tradição de sua construção original com a modernidade demandada pelas novas instalações.
Não é difícil confundir a principal estação da Antuérpia, no norte da Bélgica, com um palácio. A riqueza de detalhes e a extravagância são dignas de uma catedral medieval. Afinal, ela foi construída com mais de 20 tipos de pedras e mármores, além de detalhes em ouro e telhado abobadado de vidro. Erguida entre 1895 e 1905 com diversas características do período eclético para substituir uma velha estação de madeira, o edifício conta com 44 metros de altura e mais de 180 metros de extensão. Passou por uma reforma e expansão, concluídas em 2007, e, em 2011, recebeu o Prêmio Europa Nostra, um reconhecimento da União Europeia para as heranças culturais, por ter conseguido combinar a tradição de sua construção original com a modernidade demandada pelas novas instalações.
Estação Union
A estação central de Nova York pode povoar o imaginário de todo o mundo, mas não é a única nos Estados Unidos com uma arquitetura de cair os queixos. A Estação Union, localizada em Washington, é maior que o Capitólio e detém um trabalho primoroso da Belle Époque, altamente ornamentado e teatral. Foi projetada em granito branco pelo arquiteto Daniel Burnham, que bebeu em muitas referências clássicas, como o Arco de Constantino, que pode ser visto na fachada, e as Termas de Dioclesiano, no interior. Todo o restante do saguão foi finalizado com mármore, folhas de ouro e marfim. Destaque para as esculturas de pensadores gregos espalhadas pela estação e para o Café, que ocupa a área principal do hall com uma estrutura de madeira de 29 metros de altura.
Estação de Chhatrapati Shivaji
Três milhões de pessoas passam todos os dias pela principal estação de Mumbai, na Índia, que é um belo exemplar do encontro de duas culturas na arquitetura. Tanto que entrou para a lista da Unesco de Patrimônio da Humanidade. A estação foi construída entre 1878 e 1888 pelo arquiteto britânico Frederick William Stevens e por artesãos locais, com uma pegada gótica vitoriana, bastante inspirada nos modelos italianos tardios da Idade Média. Essa aliança construtiva está representada nos ornamentos: os leões representam a Grã-Bretanha e os tigres indicam a Índia. Além de esculturas de outros animais, flores e rostos humanos. O toque indiano está marcado nas pedras amarelas, nos arcos típicos e no piso trabalhado, características da arquitetura palaciana do país.
Estação Atocha
Quem perambula pela estação de Madri por um momento até chega a pensar que está em alguma ilhota dos trópicos. Dentro do novo terminal inaugurado em 1992, foram construídos jardins tropicais com mais de 7 mil plantas de 260 espécies diferentes e algumas piscinas artificiais para tartarugas. Logo ao lado existem lojas e uma área de café. Inaugurada em 1851, com projeto de Alberto de Palacio Elissagne e Gustave Eiffel, recebeu o nome em homenagem à basílica dedicada a Nossa Senhora de Atocha, que fica nas arredores da estação. Em 1985 foi remodelada por Rafael Moneo, mas manteve suas principais características, como o teto de ferro e vidro e as paredes de alvenaria.
Estação Kanazawa
Uma das cidades mais antigas do Japão, com um dos castelos mais bem preservados do período feudal daquele país, Kanazawa foi a escolhida para receber em 2005 uma estação “futurista”. A ousadia não agradou a muitos. Mas se tornou uma referência, apesar de destoar da arquitetura antiga e tradicional. É uma estrutura gigante de vidro e aço com curvas graciosas, apesar das mini estruturas serem bastante geométricas. O portão de entrada é um portal de madeira que imita um tambor tradicional japonês. Existem bancos de madeira para o descanso das pessoas e um relógio em forma de fonte que mostra os horários por meio de pequenos jatos de água.