Estilo & Cultura

Arte paranaense ao alcance das mãos na Praça Osório

HAUS
07/10/2016 21:58
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Em oito bustos pela praça, é possível conhecer um pouco mais sobre a história do Paraná e do Brasil, além de ver de perto o trabalho de artistas consagrados. Fotos: André Rodrigues/Gazeta do Povo

Emiliano Perneta, Leôncio Correia, Emílio de Menezes, General Osório. Mais do que nomes de ruas, colégios, edifícios e praças, esses são os nomes de pessoas do nosso passado que foram atuantes na literatura, no jornalismo e na política.
Alguns foram grandes representantes paranaenses de movimentos literários, outros são considerados como membros fundadores da Academia Brasileira de Letras, por exemplo. Muitos estão eternizados em forma de bustos espalhados pela cidade. E boa parte deles está concentrada no centro, em praças como a Osório.
Em um breve passeio por ela, é possível observar e tocar em obras de artistas consagrados, paranaenses e de outros estados do Brasil. João Turin e Zaco Paraná assinam alguns deles, como os de Emiliano Perneta, Emílio de Menezes e Domingos Nascimento, todos instalados na praça no dia 12 de outubro de 1922. O ato homenageava três dos grandes da literatura do Paraná com obras feitas por dois dos grandes nomes da escultura por aqui.
Que tal passear pela praça e desvendar um pouco da história do nosso estado?

Emiliano Perneta

Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo
Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo
Muito mais do que dar nome a uma rua no centro da cidade, Emiliano Perneta foi um importante poeta, grande representante do Simbolismo no Paraná. Nascido em Pinhais em 1866, escrevia mais sobre as questões subjetivas da alma, indo contra a lógica dos poetas racionalistas. Morreu em 1921. O encarregado por eternizar o escritor na Praça Osório desde 1922 foi o artista João Zaco Paraná, nascido na Polônia em 1884 como Jan Żak, que veio ao Brasil ainda pequeno e se naturalizou brasileiro.

Emílio de Menezes

Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo
Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo
Jornalista curitibano e um dos grandes poetas satíricos do Brasil, nasceu em 1866. É membro da Academia Brasileira de Letras, além de ser considerado um dos fundadores da instituição.  O morreteano João Turin e Zaco Paraná foram os autores de seu busto, que também foi instalado no ano de 1922 na Praça Osório.

Domingos Nascimento

Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo
Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo
João Turin tem as mãos em mais uma escultura da praça: o busto do escritor Domingos Nascimento, nascido em 1863 em Guaraqueçaba. O autor de poemas e prosas foi homenageado com um monumento que está na praça desde 1922.

Raul Menssing

Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo
Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo
Músico, ajudou a fundar a Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), em 1948, que faz parte da Universidade Estadual do Paraná (Unespar). Osvaldo Lopes é o autor do busto que homenageia o artista, instalado na praça em 1955

Luiz César

Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo
Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo
O professor Luiz César, do antigo Colégio Belmiro César, está eternizado na praça. Infelizmente, as placas de identificação de autoria e de data de instalação foram roubadas, mas, de acordo com a Fundação Cultural de Curitiba, o busto foi inaugurado no pátio do colégio, que ficava próximo ao Hospital São Vicente, em 1949 e transferido para a Osório oito anos depois, em 1957.

Leôncio Correia

Leôncio Correia. Foto: André Rodrigues
Leôncio Correia. Foto: André Rodrigues
Nascido em Paranaguá em 1865, Leôncio Correia atuou como escritor e jornalista. Foi redator do Diário do Comércio, jornal que pertencia ao Barão do Serro Azul, e é apontado como o possível autor do livro “Para a História“, sobre a passagem da Revolução Federalista pelo Paraná. A obra começou a ser escrita em 1894 em Curitiba, e foi terminada 1898. Mas só foi publicada em 1980, após passar décadas escondida ninguém sabe ao certo onde. Ai sair à luz, foi atribuída ao historiador e jornalista José Francisco da Rocha Pombo. Tanta confusão pode ser resultado da demora de publicar o livro e do trânsito que os manuscritos sofreram ao longo do tempo. Na lateral esquerda do busto, instalado na praça em 1960, é possível ver a assinatura do artista Hermes Gonçalves.

General Osório

General Osório. Foto: André Rodrigues
General Osório. Foto: André Rodrigues
Nascido em 1808, o gaúcho Manuel Luís Osório lutou em diversas batalhas travadas no país, como a Guerra do Paraguai. Morto em 1879, ganhou um busto em bronze instalado em 2008 na praça que leva seu nome.

Tancredo Neves

Tancredo Neves. Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo
Tancredo Neves. Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo
De autoria do catarinense Nelson Matulevicius, o busto do mineiro Tancredo Neves foi instalado na Praça Osório em 1985, marcando o local em que, um ano, antes, o povo havia dado início à campanha Diretas Já, para pedir a volta de eleições diretas para presidente no Brasil. Apesar de vencido no Congresso na época, o movimento colocou Tancredo no poder, mas ele morreu antes de assumir o cargo, sendo sucedido por José Sarney.

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