Estilo & Cultura

5 planetários pelo mundo com estruturas impressionantes

Luciane Belin
06/09/2018 15:38
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Observar os céus é algo que o ser humano aprecia desde os tempos ancestrais e este hábito somente evoluiu ao longo dos séculos. Não à toa, são 544 planetários em todo o mundo, segundo o Plafinder – uma plataforma dedicada a mapear e contar detalhes sobre estas estruturas dedicadas a compreender o espaço sideral.
Alguns deles estão de pé há quase um século, enquanto outros incorporam tecnologias de ponta e avanços recentes em robótica. Com diversos tamanhos e capacidades de público, os planetários são teatros com telas normalmente circulares, os domos, onde são projetados desde filmes que retratam as estrelas e os planetas, quanto outros tipos de apresentações.
A HAUS separou cinco dos planetários mais incríveis espalhados pelo mundo. Confira!

Zeiss-Planetarium, na Alemanha

Inaugurado em 18 de Julho de 1926, o Planetário de Jena, na Alemanha, é o mais antigo do mundo ainda em operação. Desenvolvido pelo engenheiro Walther Bauersfeld, ele tem uma cúpula branca que inspirou centenas de outras pelo mundo.
Seu domo central tem 240 assentos, de onde o público assiste ao verdadeiro espetáculo projetado nos 900 m² da superfície do domo pelos seis projetores que cobrem a estrutura.
Com programas para pessoas a partir de cinco anos de idade, o Zeiss Planetário de Jena, a cerca de 250 km da capital Berlim, recebe famílias e grupos de estudantes de todo o país.
Um dos atrativos de sua estrutura é o restaurante e café Bauersfeld, que dispõe de um lounge, um jardim de palmeiras, um terraço e uma sala da lareira. Datado da mesma época de construção do museu, o Bauersfeld tem estilo Art Decó, referência mais forte na Alemanha da década de 20.
Os ingressos para o Zeiss Planetário de Jena variam entre 9 e 15 EUR (Entre R$ 45 e R$ 70), de acordo com o show ou a categoria de visitante – adulto, idoso, estudante.

Nagoya City Science Museum, no Japão

Foto: Wikimedia Commons
Foto: Wikimedia Commons
Localizado na cidade de Nagoya, no centro do Japão, o Museu de Ciência de Nagoya City possui o planetário que é considerado o maior do mundo em diâmetro do domo.
Os 35 metros de projeção que fazem dele o maior do mundo não são, no entanto, o único diferencial da estrutura. As projeções são feitas em um edifício auto sustentável, cuja energia é gerada ali mesmo por meio de um equipamento fotovoltaico, ou seja, de energia solar.
Reprodução - Fanpage Museu de Ciências de Nagoya City
Reprodução - Fanpage Museu de Ciências de Nagoya City
Ele possui ainda uma parede verde e estrutura aparente que permite visualizar sua estrutura de contração à prova de terremotos e a estrutura do elevador.
Embora o Museu de Ciência tenha sido construído em 1962, sua estrutura foi expandida ao longo das décadas, com a inauguração do Planetário em 2012. É dividido em três prédios: o de ciência e tecnologia, com seis andares, o de astronomia, com cinco, e o de Ciências da Vida, também com cinco pavimentos.
A entrada para visitar o Museu e o Planetário de Nagoya City é conjunta e custa 800 Yenes Japoneses, aproximadamente R$ 30.

FTD Arena, em Curitiba

O Brasil tem 15 planetários e um dos mais recentes é a FTD Arena, localizada em Curitiba, no Paraná. Um dos mais modernos planetários do mundo, a estrutura da FTD Arena tem Tela de projeção de 14 metros utiliza uma cinta de LEDs em seu sistema de iluminação, com dois pares de projetores digitais estereoscópicos.
Com capacidade de 120 pessoas, o planetário faz uso da tecnologia fulldome na exibição de diferentes conteúdos, desde filmes astronômicos até produções audiovisuais de ficção e diferentes tipos de apresentações.
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Os ingressos para a FTD Arena custam R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia entrada), com valores especiais para grupos escolares e familiares.

Samuel Oschin Planetarium, nos Estados Unidos

O magnata Griffith Jenkins Griffith era uma pessoa bastante excêntrica, mas que valorizava muito a cultura e a ciência. No final do século XIX, ele doou um terreno de 12,2 km² em torno do observatório da cidade de Los Angeles para a construção de um centro de cultura e astronomia e contribuiu também com o financiamento da construção.
Esse complexo se tornou o que hoje é o Griffith Park, que hoje integra um observatório, um teatro e diversas outras estruturas culturais.
Construído com estilo art decó, o parque tem uma vista impressionante da cidade de Los Angeles e do famoso letreiro de Hollywood, mas uma das vistas mais buscadas na verdade fica dentro do prédio.
Conduzida pelo arquiteto John C. Austin a partir dos desenhos de Russell W. Porter, o observatório Griffith foi aberto ao público em 1935, constituindo-se na época como o terceiro planetário dos Estados Unidos – que hoje dispõe de outros 103 estruturas do tipo.
Foto: Floyd Bariscale -Flickr
Foto: Floyd Bariscale -Flickr
Em 2006, uma renovação que custou 93 milhões de dólares expandiu a estrutura, restaurou o prédio e substituiu o domo antigo por um novo e mais moderno, mas a estrutura art decó foi mantida.
O ingresso para o Planetário Samuel Oschin, do Griffith Observatório, custa $7, cerca de R$ 35,00.

Galileo Galilei, na Argentina

Localizado dentro do Parque Tres de Febrero, o Planetário Galileu Galilei começou a ser construído em Buenos Aires, capital da Argentina, em 1962, sob a supervisão do arquiteto Enrique Jan, e foi concluído em 1966.
Com 360 assentos, o planetário tem um domo com 20 metros de diâmetro coberto em alumínio reflexivo e junto a sua estrutura ficam algumas relíquias do país, como o pedaço de Rocha Lunar que a Argentina recebeu do presidente norte-americano Richard Nixon, um meteorito metálico da província do Chaco e fósseis da província Neuquén com mais de 100 milhões de anos de história.
Foto Beatrice Murch Wikimedia Commons
Foto Beatrice Murch Wikimedia Commons
O ingresso para o planetário Galileu Galilei custa cerca de 50 pesos argentinos, cerca de R$ 15,00

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