Estilo & Cultura
Milão estuda remunerar cidadãos que trocarem carro por bicicleta
Bicicletas em Milão: governo estuda dar compensação para quem usar o transporte para trabalhar. Foto: Turismo Milão / Divulgação
Quando Milão, na Itália, foi apontada, em 2008, como uma das cidades mais poluídas da Europa, acendeu-se o alerta vermelho. Mesmo com algumas medidas, o problema só cresceu e em dezembro de 2015 o nível de poluição atingiu taxas tão altas que foi necessário limitar a circulação de automóveis por seis horas durante três dias.
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A situação fez com que as autoridades pensassem em soluções, como a adoção de remuneração para quem deixar o carro em casa e usar a bicicleta para ir ao trabalho. A iniciativa é uma cópia de um modelo francês, que desde 2014 paga 25 centavos de euro para cada quilômetro percorrido pelos trabalhadores que usam as bikes para ir aos escritórios.
O conselheiro da cidade italiana na área de mobilidade, Pierfrancesco Maran, pretende implantar o uso de um aplicativo para monitorar os trabalhadores que aderirem ao projeto. As autoridades buscam auxílio técnico na Universidade Politécnica de Milão para colocar a ideia em prática. Em entrevista para o jornal britânico The Guardian, a gerente de mobilidade da instituição, Eleonora Perotto, explica que circular de bicicleta na cidade é quase tão rápido quanto ir de carro. Entretanto ela reconhece que usar o automóvel acaba sendo a opção escolhida pela dificuldade de encontrar rotas exclusivas para bikes.
O jornal mostra que os críticos da proposta acreditam que a cidade italiana não tem infraestrutura adequada para colocar tantas bicicletas nas ruas diariamente e ainda não oferece segurança para os ciclistas.