Estilo & Cultura
Esses dez monumentos podem desaparecer em 2018; saiba o porquê
332 Takiyat al-Gulshani, Islamic Cairo August 2017, Cairo, Egypt. | © Matjaz Kacicnik/WMF
Conflitos políticos, fenômenos naturais e ameaças econômicas estão colocando em risco monumentos históricos por todo o planeta. Esses locais datam desde a pré-história até o século 20 e carregam valores históricos e culturais de seus povos. Para chamar atenção para o risco a que estão expostas estas construções, o World Monuments Watch, fundação privada sem fins lucrativos que auxilia na preservação deste monumentos, elaborou uma lista com os mais ameaçados na atualidade. Confira quais são dez deles nesta seleção de HAUS:
Government House
A Government House (ou Casa do Governo, em tradução livre) fica no centro de St. John’s, capital de Antígua e Barbuda, país formado por mais de 30 ilhas situadas entre o mar do Caribe e o Oceano Atlântico. A construção serve de residência oficial do governo geral das ilhas desde 1800 e tem sofrido com mudanças nas condições climáticas, como calor, secas, furacões e terremotos.
Ramal Talca-Constitución
O Ramal Talca-Constitución faz parte do sistema ferroviário que integra o Chile. Ele é a última ferrovia de bitola estreita e a última ferrovia rural de passageiros do país latino-americano. Em 2017, incêndios florestais danificaram parte dos trilhos, além de diversas estações.
Eliyahu Hanavi Synagogue
Eliyahu Hanavi Synagogue é uma das duas sinagogas restantes em Alexandria e representa o testemunho de uma comunidade judia desaparecida. A construção é uma das maiores sinagogas do Oriente Médio e, após ter parte do telhado corrompido, sofre com infiltrações.
Takiyyat Ibrahim al-Gulshani
Primeira base religiosa estabelecida no Cairo (Egito) após a conquista otomana, em 1517, Takiyyat Ibrahim al-Gulshani também teve função residencial. A construção sofre com limitações financeiras, terremotos, pilhagens e mudanças nas estruturas administrativas religiosas da região.
Al-Hadba’ Minaret
O minarete da Grande Mesquita de al-Nuri fica na cidade velha de Mosul, no Iraque. Parte de um complexo religioso que incluía uma mesquita e uma madrassa, o monumento possuía 45 metros de altura. Em meio a conflitos civis no país, o Estado Islâmico usou a mesquita de al-Nuri para proclamar o estabelecimento de um califado mundial. Neste ano, o grupo detonou explosivos no local.
Amatrice
A cidade de Amatrice, na Itália, teve suas construções abaladas desde que uma sequência de terremotos atingiu a região central do país, em 2016. O campanário da igreja medieval de Sant’Emidio foi uma das poucas construções que resistiu aos tremores. Nela estava alojado o museu da cidade, Cola Filotesio, que fazia homenagem a um artista renascentista de Amatrice.
Sukur Cultural Landscape
A pátria de Sukur está localizada na fronteira norte entre os estados modernos da Nigéria e Camarões. Historicamente, a comunidade pratica a agricultura de terraço e produz ferro na região, graças à disponibilidade de magnetita e minério de ferro. Desde 2013, o povoado está ameaçado pela insurgência islâmica do grupo terrorista Boko Haram, que invadiu o local, incendiou casas e roubou bens.
Cerro de Oro
O sítio arqueológico do Cerro de Oro está localizado a apenas 140 km ao sul de Lima, na província de Cañete, no Peru. Com 150 hectares e vista para o Oceano Pacífico, as escavações revelaram três períodos distintos de ocupação ao longo de mil anos. Atualmente, a região sofre com saque intenso de suas relíquias, desinvestimento e invasão ilegal da terra.
Souk of Aleppo
Os souks de Aleppo, na Síria, eram o coração de uma cidade que remete ao comércio. Nesses mercados eram encontradas desde especiarias e doces tradicionais até artigos têxteis, tapetes e o famoso sabão Aleppo. O local foi destruído por um incêndio em 2012, em meio a combates entre forças do governo sírio e insurgentes.
Blackpool Piers
Blackpool Piers é um destino de férias tradicional na costa do Mar da Irlanda. Seus pilares, assim como outras atrações, fizeram com que o local passasse a ser muito visitado e querido pelos turistas, que tornaram a caminhada no cais uma das atividades mais populares entre os visitantes da costa britânica. Atualmente, porém, o local sofre com o aumento do nível do mar e tempestades causadas pela mudanças climáticas.