Design
Tok&Stok lança linha de móveis assinada por mestres da marcenaria

Coleção é composta por oito móveis em que as matéria-primas principais são as madeiras brasileiras. Foto: divulgação
A Tok&Stok lança agora em abril a coleção Mestres da Marcenaria, composta por oito móveis em que as matérias-primas principais são as madeiras brasileiras. As peças são assinadas pelos designers Alain Blatche, Barauna Design, Carlos Motta, Claudia Moreira Salles Pedro Useche e Zanini de Zanine, um time que explora as possibilidades do material natural com desenhos claros e luminosos, em bancos, cadeiras e sofá.
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As peças se destacam pela funcionalidade e estética, mostrando um pouco da diversidade da produção contemporânea brasileira de design. O conceito da coleção se baseou na transformação da madeira a partir da inspiração em projetos de grandes nomes brasileiros, como o marceneiro e escultor Joaquim Tenreiro, o arquiteto e designer Sergio Rodrigues, o paisagista e moveleiro José Zanine Caldas e a arquiteta modernista Lina Bo Bardi.
O aumento da preocupação com o cultivo e a extração responsável de madeira nos últimos anos no Brasil deram novo fôlego para essa simbiose entre natureza e design. Levando isso em conta, cada designer desenvolveu suas peças com olho atento à tradição dos encaixes, tramas, polimentos e cortes, mas com a sustentabilidade em mente.
Confira as peças da nova coleção!

O banco Nanda nasce com referências a cultura brasileira aliadas à simplicidade produtiva. Como ponto de partida para os assentos, as formas geométricas encontradas nos azulejos de Athos Bulcão. Com estruturação simplificada utilizando peças retas, o banco surge em duas opções de altura e diferentes cores. A madeira utilizada pelo designer foi o eucalipto.

O conceito da poltrona Ubá foi basicamente criar uma “poltroninha” com proporções compactas para pequenos espaços, cada vez mais comum nos dias de hoje. Concebida em madeira, tem estrutura lateral em forma de X, deixando o assento em balanço para gerar leveza visual. Assento e encosto côncavos, para obter a ergonomia correta. A madeira utilizada pelo designer também foi o eucalipto.

O banco Guido, tem inspiração na natureza. Com formas retas que lembram troncos, a partir deles nascem os galhos. O conceito da peça “é uma forma de recordar a origem dessa matéria prima tão nobre”, ressalta o designer.

A inspiração para a produção do Mangaratiba foi fazer um sofá de construção simples utilizando madeira maciça, sem deixar a elegância de lado. A aparência leve foi intencional e é dada pela caixa com ripas verticais espaçadas e em balanço aos pés. A madeira utilizada foi o eucalipto, resultando numa aparência natural sem brilho, deixando mais evidentes os veios compatível com as texturas dos tecidos.

A Cadeira Cm-9 é executada em madeira cumaru na cor amendoim, com acabamento em goma laca indiana, com encosto e assento trançados em couro ou algodão natural. A peça foi pensada para uso interno, mas pode ter uso externo aberto coberto, desde que protegido de chuva e sol.

Também chamado de banca, é uma peça originária da região da Serra da Mantiqueira, sul de Minas Gerais. Confeccionada em madeira pregada, foi feita para originalmente se sentar de cócoras. Utilizado comumente sobre a base de fogões à lenha, em frente ao fogo, é também associado desde o trabalho de ordenha ao pitar de um cigarro de palha.
Releitura do tradicional banquinho caipira, é constituído basicamente de dois ‘pórticos’ unidos por uma travessa longitudinal. Seu assento é formado por dois planos superiores inclinados, que garantem uma ergonomia que encaixa os quadris e ajeita o corpo em uma postura confortável.

A Cadeira Weiqi de madeira cinamomo com percintas em couro foi inspirada no jogo de tabuleiro chamado Go ou Baduk. Vindo da antiga China, há cerca de 2.5 mil anos, significa “jogo de cercar”.