O design autoral chegou para ficar. É fato! Seja com marcas consagradas ou a partir dos jovens e nascentes talentos, ele aparece em diferentes materiais, roupagens e soluções para responder necessidades que vão da contemplação à funcionalidade, ou melhor, que mesclam o melhor de ambas em móveis, utensílios, acessórios e objetos de decoração que enchem os olhos.

É isso o que os visitantes encontram, por exemplo, na 35ª edição da Paralela, que teve início na última terça-feira (19) e segue até esta quinta-feira (21) na Oca do Ibirapuera, em São Paulo, tradicional endereço da mostra. Reunindo cerca de 50 expositores, entre designers, arquitetos e artistas, a feira exalta o design autoral brasileiro em lançamentos e peças consagradas de diferentes regiões do país.

HAUS visitou a Paralela e selecionou algumas dessas novidades. Confira!

Fibras de banana tingidas a partir de pigmentos naturais são a matéria-prima para o trabalho desenvolvido pelo designer Luciano Pinheiro. A partir dela, ele dá vida a luminárias, capas para almofadas, pratos e descansos de mesa que aliam a rusticidade e a delicadeza das tramas artesanais.

Peça integrante da linha Alforria, a escultura de parede Liberdade, assinada pela designer curitibana Ana Penso e pela Cannelle Design, une peças confeccionadas em sisal, rami, junco e homenageia o trabalho das artesãs envolvidas no projeto.

Desdobramento da mesa Onze, o banco de mesmo nome é o destaque da Jabuticasa. Feito de freijó maciço, ele traz bordas curvas e pés colados em entalhes na parte inferior do assento, formado por duas folhas da madeira.

A linha de luminárias Opalina, da Casa Costillas, remete à casa da vovó. Isso porque ela tira as tradicionais cúpulas em vidro leitoso do teto e as fixa sobre pranchas de madeira (que pode ser freijó, cedro rosa ou imbuía), tornando os cinco modelos da coleção ideais para bancadas.

Penduradores componíveis que, além de utilitários, são esculturais. Esta é a proposta da linha Gira, do jovem estúdio Dentro. Confeccionadas em cedro e tauari, as peças estão disponíveis em três tamanhos e podem ser giradas mesmo depois de fixadas à parede.

A madeira também é o destaque das peças assinadas pelo designer e marceneiro Regis Padilha. Na poltrona Gará, por exemplo, ele mescla freijó, tauari, jequitibá e pinheiro em um móvel com assento sinuoso, inspirado nas formas da natureza.

Com inspiração sessentista, a linha Oca, do Estúdio Raunaimer, nasceu da necessidade e do desejo da arquiteta Luciana Raunaimer mobiliar a própria casa. Combinando palhinha e madeira maciça, as peças flertam com o retrô e o moderno e apresentam propostas inusitadas, com a da poltrona de leitura, que conta com mesinha de apoio e até luminária embutida.

A lã merino é a matéria-prima da coleção de pufes assinada pela artista têxtil Lucia Higuchi. Feltrada à mão, ela reproduz a estética das pedras em peças leves, delicadas e macias ao toque, ao contrário do que ocorre com sua fonte de inspiração.

Assinadas pelo arquiteto Leandro Garcia, paulista radicado em Curitiba, para a Schuster, as mesas Argola possuem uma espessa borda em madeira maciça apoiada sobre finos pés tubulares de metal. Com tampo em diferentes materiais e acabamentos, estão disponíveis em diferentes tamanhos e alturas, o que permite que possam ser utilizadas sozinhas ou em composições.